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Estereótipos e regionalismos
Contribuição: Natália Canário e Yasmin Oliveira
O Brasil, devido a sua grande dimensão territorial, não sofreu um processo homogêneo de povoamento , o que se refletiu nas diversas expressões culturais de cada região do país. Uma das formas mais explícitas desta diversidade dá-se na dimensão linguística.
Luíz Gonzaga, exemplar bastante representativo da categoria “nordestino”, foi um dos responsáveis por levar ao resto do país a não só a música, mas também a cultura de sua região a partir do conteúdo de suas letras.
Na música “ABC do Sertão”, ele registra as peculiaridades e diferenças entre a linguagem aprendida no sertão e a do restante do país.
ABC do Sertão
Luíz Gonzaga
Composição: Zé Dantas / Luiz Gonzaga
Lá no meu sertão pros caboclo lê
Têm que aprender um outro ABC
O jota é ji, o éle é lê
O ésse é si, mas o érre
Tem nome de rê
Até o ypsilon lá é pissilone
O eme é mê, O ene é nê
O efe é fê, o gê chama-se guê
Na escola é engraçado ouvir-se tanto “ê”
A, bê, cê, dê,
Fê, guê, lê, mê,
Nê, pê, quê, rê,
Tê, vê e zê.
Orgulho de ser nordestino?
Contribuição: Ailton Araújo e Lucas Carneiro
Orgulho de ser nordestino. É uma defesa regionalista ou um ato reativo aos estereótipos negativos propagados contra o povo nordestino?
Grupos de ódio na internet: lugar de nordestino
Contribuição: Natália Canário e Yasmin Oliveira
As redes sociais que são formadas no mundo virtual, além de serem um espaço para conhecer pessoas e fazer amizades, também são usadas para disseminar o ódio. No orkut, que é um desses espaços de relacionamento, isto pode ser constatado pelo infindável número de comunidades cujos títulos começam com “Eu odeio…” e são dirigidas a determinados grupos ou indivíduos. Os nordestinos são comumente alvos desse tipo de preconceito.
Uma dessas comunidades, que apesar de não utilizar a palavra “ódio” na sua descrição, apresenta um perfil altamente preconceituoso:
“Nordestino tem o Nordeste, mas pra ele isso não lhe basta.
A sua ambição QUER todo o território nacional para impôr sua Cultura.
Assim, vão para outros lugares praticar genocídio de Culturas.
Nordestinos são RACISTAS e INTOLERANTES. Não admitem a existência de outros.
Se contrariados, berram se fazendo de coitadinhos e vítimas.
Pensam que são os reizinhos do mundo. Onde vão, se apoderam. Não pensam duas vezes pra fazer escândalo em hospital exigindo atendimento. Mas não fazem igual pra reivindicar direitos na terra deles.
As pessoas devem respeitar seu espaço vital e o alheio.
Nordestino não respeita o espaço alheio.
Invadem outros estados, tomam o que é dos outros que existiam antes. E não admitem não ser aceitos !!!
Como querem ser respeitados, se não respeitam ?
Intolerantes, se não gostam de alguma coisa, já querem reprimir e denunciar, apostando no governo a seu favor.
Lugar de NORDESTINO é no NORDESTE !”
É interessante notar que os donos da comunidade, bem como seus participantes, não só não se vêem como preconceituosos, como justificam seu repúdio pelos nordestinos atribuindo a eles adjetivos como “racistas e intolerantes”, que poderiam ser aplicados à propria descrição da comunidade.
* Aos que tiverem a curiosidade de olhar a comunidade, espiem também os fóruns: é lá que as expressões de ódio são ainda mais explícitas e os conflitos se dão em maior intensidade.
Grupos de ódio na internet: eu odeio quem odeia..
Contribuição : Ailton Araújo e Lucas Carneiro
Essa comunidade é o retrata do sentimento de restabelecimento do orgulho de ser nordestino, visto que esse tem sido deverasmente marginalizado e difamado pelos meios de comunicações em geral. Haja vista que este é um povo que luta, chora , sofre , ri e que também é humano.
Estereótipos regionais: ser nordestino
Análise das representações de migrantes nordestinos na chanchada, 1952-1961.
Professor Julio César Lobo
Seminários abertos sobre Estereótipos, Preconceitos e Exclusão Social
Salvador, Bahia, 04 de setembro de 2008
Seminários abertos sobre Estereótipos, Preconceitos e Exclusão Social: dia 04 de setembro de 2008
Estereótipos e humor: nordestino no computador
Estereótipos e humor: terremoto no Ceará
Depois dos terremotos ocorridos na Ásia, o Governo Brasileiro resolveu cobrir todo o país. O então recém-criado Centro Sísmico Nacional, poucos dias após entrar em funcionamento, já detectou que haveria um grande terremoto no Nordeste do país.
Assim, enviou um telegrama à delegacia de polícia de Icó, uma cidadezinha no interior do Estado do Ceará. Dizia a mensagem:
“Urgente. Possível movimento sísmico na zona.
Muito perigoso. Richter 7.
Epicentro a 3 km da cidade.
Tomem medidas e informem resultados com urgência.”
Somente uma semana depois, o Centro Sísmico recebeu um telegrama que dizia:
“Aqui é da Polícia de Icó:
Movimento sísmico totalmente desarticulado.
Richter tentou se evadir, mas foi abatido a tiros.
Desativamos as zonas. Todas as putas estão presas.
Epicentro, Epifânio, Epicleison e os outros cinco irmãos estão detidos.
Não respondemos antes porque, logo depois, houve um terremoto da porra por aqui e não fomos avisados….”