Aurora da rua: um estudo empírico sobre um jornal publicado pela Comunidade de Trindade

Autoras: Ana Maria Rodrigues, Andréa Costa, Graça Santiago, Heloneida Costa e Mariana Laert

Clique aqui para ler o trabalho sobre o jornal Aurora da Rua

Artigo publicado: The Perception of HIV Risk in a Community Sample of Low-Income African American Women

Título: Risk Revisited: The Perception of HIV Risk in a Community Sample of Low-Income African American Women

Autores: Sinead N. Younge, Deborah Salem, and Deborah Bybee

Periódico: Journal of Black Psychology 2010;36 49-74

Resumo: clique aqui para obter

Grupos de ódio na internet: lugar de nordestino

Contribuição: Natália Canário e Yasmin Oliveira

As redes sociais que são formadas no mundo virtual, além de serem um espaço para conhecer pessoas e fazer amizades, também são usadas para disseminar o ódio. No orkut, que é um desses espaços de relacionamento, isto pode ser constatado pelo infindável número de comunidades cujos títulos começam com “Eu odeio…” e são dirigidas a determinados grupos ou indivíduos. Os nordestinos são comumente alvos desse tipo de preconceito.
Uma dessas comunidades, que apesar de não utilizar a palavra “ódio” na sua descrição, apresenta um perfil altamente preconceituoso:

“Nordestino tem o Nordeste, mas pra ele isso não lhe basta.
A sua ambição QUER todo o território nacional para impôr sua Cultura.
Assim, vão para outros lugares praticar genocídio de Culturas.

Nordestinos são RACISTAS e INTOLERANTES. Não admitem a existência de outros.
Se contrariados, berram se fazendo de coitadinhos e vítimas.

Pensam que são os reizinhos do mundo. Onde vão, se apoderam. Não pensam duas vezes pra fazer escândalo em hospital exigindo atendimento. Mas não fazem igual pra reivindicar direitos na terra deles.

As pessoas devem respeitar seu espaço vital e o alheio.
Nordestino não respeita o espaço alheio.

Invadem outros estados, tomam o que é dos outros que existiam antes. E não admitem não ser aceitos !!!

Como querem ser respeitados, se não respeitam ?
Intolerantes, se não gostam de alguma coisa, já querem reprimir e denunciar, apostando no governo a seu favor.

Lugar de NORDESTINO é no NORDESTE !”

É interessante notar que os donos da comunidade, bem como seus participantes, não só não se vêem como preconceituosos, como justificam seu repúdio pelos nordestinos atribuindo a eles adjetivos como “racistas e intolerantes”, que poderiam ser aplicados à propria descrição da comunidade.

* Aos que tiverem a curiosidade de olhar a comunidade, espiem também os fóruns: é lá que as expressões de ódio são ainda mais explícitas e os conflitos se dão em maior intensidade.

Grupos de ódio na internet: mina mano

Contribuição: Aruanã Fontes e Milena Magalhães

No orkut podemos encontrar muitas comunidades que expressam ódio a um grupo ou pessoa. Dentre essas podemos encontrar um comunidade com 28.748 participantes que dizem odiar as chamadas “mina mano”. Na descrição podemos perceber como eles classificam o grupo de garotas que pertenceria a esse grupo, atribuindo-lhes caracteristicas e expressões negativas. No item referente a categoria da comunidade no orkut eles optaram por “Animais: de estimação ou não”, resaltando a maneira pejorativa com vêem esse grupo.

Descrição:

Substantivo:
Mina-mano; A mina dos mano; (plural) vadias, jumbeiras, fogueteiras, etc.
1.(Brasil) Elemento; portadoras de DSTs, drogadas, analfabetas.
Atividades:
Assaltar a carteira da mãe, se drogar e engravidar aos 15 de algum nóia no baile funk ou no show do Racionais.
Etimologia:
Derivação por sufixação: A mina+Os mano+Teste de DNA pra saber quem é o pai dos pivetes.

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=1939254

Seminários abertos sobre Estereótipos, Preconceitos e Exclusão Social – José Eduardo Ferreira Santos

Seminários abertos sobre estereótipos, preconceitos e exclusão social: 02 de outubro

Seminários abertos sobre estereótipos, preconceitos e exclusão social: o saber comunitário e a universidade

O saber comunitário e a universidade.

Rodrigo Alves da Silva.

Associação de Moradores do Alto das Pombas.

Seminários abertos sobre estereótipos, preconceitos e exclusão social: saber acadêmico e o saber comunitário – a matriz eurocêntrica

João Victor C. da Silva
Seminários abertos sobre Estereótipos, Preconceitos e Exclusão Social
Salvador, Bahia, 11 de setembro de 2008

Universidade e comunidade

Carta Aberta a Comunidade Acadêmica da Universidade Federal da Bahia

Nos últimos dias toda comunidade acadêmica da UFBA vem intensamente discutindo as questões de segurança no Campus Universitário, tendo como foco o São Lázaro e o PAF de Ondina. Entendemos que é salutar tal discussão, mas que a mesma não está dissociada da realidade enfrentada por toda a cidade de Salvador.

Também nos últimos meses vários jovens dizimados em nossa cidade, todos negros, pobres e moradores de áreas periféricas, dentre elas a própria comunidade do Alto das Pombas, vizinha a FFCH.

Em junho choramos pela morte de quatro jovens, vítimas de disputas de tráfico de drogas que foram violentamente assassinados.

Tal ação nos leva a refletir sobre qual violência estamos discutindo? Se a da omissão da Universidade que ao mesmo tempo em que tão próxima é tão distante dos problemas sociais que a circundam ou da mídia de excessos que sempre aguarda uma tragédia para discutir algum problema que de certa é relevante para sua classe social, ou para angariar mais fundos para manutenção desse modelo de reprodução de injustiças sociais?

Sempre convivemos harmonicamente com a universidade, principalmente pelo fato da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas se confundirem com nosso espaço geográfico.

Mantivemos ao longo de vários anos a nossa autonomia, mas sempre com visão crítica sobre o papel social da mesma e principalmente questionando o formato laboratório que a mesma sempre adotou nos processos de diálogo com a comunidade.

Pensando assim pedimos que ao discutir o problema da violência na UFBA, não seja somente considerado o prisma de quem supostamente ela atinge de imediato, mas compreenda que cobrir de muros, gradearem as unidades educativas e principalmente colocar pessoas despreparadas para fazer a suposta segurança de nada adiantará para alcançar tal finalidade.

Conclamamos pelo bom senso de compreender que tal problema ultrapassa os espaços da UFBA e que se faz necessária uma discussão mais apurada com as Comunidades entorno dos Campi.

Esperamos que os professores, funcionários e estudantes que são protagonistas desta discussão, possam entender que tal problema social não se resolverá numa redoma, tão pouco num grupo seleto de pessoas que se reúnem para a busca de soluções de momentos-crise, mas tomando medidas que ultrapassem as formas tradicionais,ampliando a relação da UFBA com a comunidade, não limitando-se a ações pontuais no semestre, a pesquisa-laboratório com a comunidade ou a antiga compreensão de que não sabemos o que realmente queremos e que não somos capazes de construir como parceiros, um novo modelo de UFBA, que seja verdadeiramente inclusiva, de qualidade e pública para todos.

Salvador, 25 de agosto de 2008
Comunidade do Alto das Pombas

Artigo publicado: Community Violence, Interpartner Conflict, Parenting, and Social Support

Título: Community Violence, Interpartner Conflict, Parenting, and Social Support as Predictors of the Social Competence of African American Preschool Children

Autor: Linda M. Oravecz, Sally A. Koblinsky E Suzanne M. Randolph

Periódico: Journal of Black Psychology, 34, 179-191, 2008

Resumo: clique aqui para obter

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