Cheirar Cola: Aspectos sociais e fisiológicos do uso crônico de solventes

Aline Almeida

O presente artigo tem como autores Mariana Martins Ferraz e Alfred Sholl-Franco, que possuem titulação de graduanda do curso de Medicina na UFRJ e Doutor em Ciências pela UFRJ, respectivamente. Ambos participam do programa de Neurobilogia da Universidade citada.
Os autores iniciam o texto colocando em pauta a questão do quanto o uso de drogas por adolescentes é um problemas que preocupa diversos setores da sociedade. Neste ponto, vale a pena ressaltar, o grande contingente de estudos científicos publicados acerca do assunto. Este tema é pesquisado por diversas áreas das ciências, e cada um fornece uma visão, de acordo com o seu objeto de estudo, sobre o fenômeno em questão. Ferraz e Franco também destacam a importância do debate sobre o assunto no meio científico para que novas propostas de intervenção possam ser criadas.
Discorrendo um pouco sobre o conteúdo do artigo, pode-se destacar a ênfase na condição fisiológica do sujeito ao utilizar algumas drogas, especificamente, solventes orgânicos. Por solventes orgânicos, entende-se como colas, tintas, thinners, aerossol, removedores e cosméticos. Segundo os autores, a maioria dos adolescentes que utilizam estas substâncias encontra-se em situação de rua. O uso acentuado dessa substância pode se dar ao fato de basto custo e facilidade no acesso, somado ao fato de causar sensações de euforia.
Quanto à parte fisiológica, os solventes orgânicos, extremamente neurotóxicos, além de deteriorarem a bainha de mielina causando a diminuição da velocidade do impulso nervoso, também dissolvem a membrana celular dos neurônios desregulando, assim, a concentração de íons intracelulares e dificultando a sinapses neuronais. Adicionado a isto, a maior parte destas drogas contém tolueno como principal componente, substância que, de forma aguda, pode comprometer o nervo vago com risco de depressão respiratória e arritmias. De forma crônica, o tolueno pode causar alterações cerebelares com distúrbios de movimento e instabilidade postural devido à importância dos neurônios cerebelares nos movimentos finos e manutenção da postura. O uso crônico de tolueno também pode causar déficit cognitivo, que seria o achado mais precoce da neurotoxicidade desta substância. Clinicamente, os pacientes podem apresentar apatia, demência subcortical, dificuldades de concentração, etc. Além do tolueno, outro componente dos solventes orgânicos é o n-hexano, que se acredita ser responsável por causar neuropatia periférica, gerando outros distúrbios de condução.
Para finalizar o artigo, os autores expressam o desejo de que outros estudos somados á esse, possam colaborar para a reabilitação de jovens usuários e aqueles que fazem parte de grupos de risco para que se atentem quanto aos prejuízos do uso dessas substâncias. Desta forma, o artigo, abre margem para outros estudos que enfoquem mais na área social e psicológica deste tema.

Referência:
 Ferraz,M.M, Franco,A.S. “Cheirar cola”: Aspectos sociais e fisiológicos do uso de solventes. Revista Ciências e Cognição, 2007; vol. 11. Pg. 204-207.

Estereótipos e cinema: James Bond e os bolivianos

Autoridades da Bolívia expressam um profundo desgosto com a associação entre os bolivianos e dois vilões do novo filme do famoso agente secreto inglês. Leia a notícia publicada pelo site Contactmusic.com

Atualizado para a aula do dia 30/04/2009 (FCH391)

Estereótipos e anedotas: Jesus é o cara…

Contribuição: Ailton Alves de Araújo

Jesus chama os seus discípulos e apóstolos para uma reunião de emergência, devido ao alto consumo de drogas na Terra.

Depois de muito pensar, chegam à conclusão de que a melhor maneira de combater a situação e resolvê-la definitivamente era provar a droga eles mesmos e depois tomar as medidas adequadas.

Decide-se que uma comissão de discípulos desça ao mundo e recolha diferentes drogas.
Efetua-se a operação secreta e dois dias depois começam a regressar os comissários.
Jesus espera à porta do céu, quando chega o primeiro servo:

-Quem é?
-Sou Paulo.
Jesus abre a porta.
-E o que trazes, Paulo?
-Trago haxixe de Marrocos.
-Muito bem, filho. Entra.

-Quem é?
-Sou Pedro.
Jesus abre a porta.
-E o que trazes, Pedro?
-Trago maconha do Paraguay.
-Muito bem, filho. Entra.

-Quem é?
-Sou Tiago
-E o que trazes, Tiago?
-Trago lança perfume da Argentina.
-Entra.

-Quem é?
-Sou Marcos.
-E o que trazes, Marcos?
-Trago marijuana da Colômbia.
-Muito bem, filho. Entra.

-Quem é?
-Sou Mateus.
– E o que trazes, Mateus?
-Trago cocaína da Bolívia.
-Muito bem, filho. Entra.

-Quem é?
– Sou João.
Jesus abre a porta e pergunta de novo:
-E tu, o que trazes, João?
-Trago crack de Nova Iorque.
– Muito bem, filho. Entra.

– Quem é?
– Sou Lucas.
-E o que trazes, Lucas?
-Trago LSD de Amsterdam.
-Muito bem, filho. Entra.

-Quem é?
-Sou Judas.
Jesus abre a porta.
-E tu, o que trazes, Judas?
– A POLICIA FEDERAL!!!
TODO MUNDO NA PAREDE, MÃO NA CABEÇA!!!
ENCOSTA AÍ CABELUDO!!!
A CASA CAIU!!!

No attitude?

A Cambridge Strawberry Fair é um evento secular. Atrai visitantes de toda a Inglaterra, o que não chega a agradar a todos os habitantes desta aprazível e tranqüila cidade universitária inglesa. Os moradores avisam, no entanto, que há uma Strawberry diurna, para as crianças e as famílias, e uma festa noturna para drunkers e junkies. O que talvez explique o cartaz abaixo, encontrada em um dos acessos ao Midsummer Commons, o local onde a feira é realizada. Os organizadores solicitam aos participantes algumas coisas bastante razoáveis. Copos e garrafas de vidro podem quebras e causar ferimentos até certo ponto graves. Drogas, nudismo, agressões, racismo e homofobia constituem atos ilegais e as autoridades devem se esmerar para que as leis sejam respeitadas. Agora, não ter atitudes? O que isto pode significar?

Cambridge, UK

Atualizado para a aula do dia 02/04/2009 (FCH391)

Biblioteca: inclusão de conteúdo

Acrescentado à biblioteca o artigo Usuários de drogas injetáveis e terapia anti-retroviral: percepções das equipes de farmácia, de C. Yokaichiya, W. Figueiredo e L. Schraiber.

Preconceito explícito na Polícia do Rio de Janeiro

Contribuição: Luciana Silva

Notícia do dia: os metaleiros também roubam

Notícia publicada no Portal IG relata uma pesquisa em que se analisa a relação entre o tipo de música preferida e o comportamento dos adolescentes e conclui que fãs de heavy metal têm maior tendência a roubar, praticar sexo sem proteção, dirigir sob efeito de álcool e sofrer de depressão que pode levar ao suicídio. Clique aqui para ler a matéria.

Biblioteca: inclusão de conteúdo

Acrescentado à biblioteca o artigo “Cheirar cola”: aspectos sociais e fisiológicos do uso crônico de solventes, de Mariana Martins Ferraz e Alfred Sholl-Franco

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