Notícia publicada no Portal IG relata uma pesquisa em que se analisa a relação entre o tipo de música preferida e o comportamento dos adolescentes e conclui que fãs de heavy metal têm maior tendência a roubar, praticar sexo sem proteção, dirigir sob efeito de álcool e sofrer de depressão que pode levar ao suicídio. Clique aqui para ler a matéria.

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Autor: Marcos E. Pereira
Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal da Bahia.
O currículo Lattes pode ser acessado no site http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4799492A6
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Que a música está diretamente ligada às emoções e que ela influencia o corpo enquanto está sendo ouvida não há dúvida, mas daí a ela levar um indivíduo a praticar certo ato por ser muito ouvida há uma grande distância. Há um limite para o “controle” musical.
Ouvir jazz acalma, ouvir blues dá vontade de fechar os olhos e pensar sobre a vida, os amores e afins. O rock liberta e salva. Alguns estilos conseguem até trazer à tona climas muito mais específicos. Por sinal, algumas bandas são conhecidas pelos desejos que incitam o som que fazem. Radiohead é depressivo, a segunda fase dos Beatles é uma viagem lisérgica pop, Pixies lembra a raiva infantil, Bowie a porra da primeira namorada, enquanto que Portishead é sexo e cabou.
Mas Portishead o dia inteiro não vai transformar ninguém num cachorro no cio, enquanto que ouvir Metallica não vai te fazer roubar a loja de conveniências mais próxima.
Se fosse assim o Brasil ia estar ainda mais perdido… Funk, Pagode, Axé, Arrocha, Pisadinha, Rap, Calipso e tantos outros… Tá amarrado. Não quero nem imaginar o caos que estaria o país se o comportamento fosse tão influenciado pelo estilo musical favorito.
As músicas não ditam o que acontece na realidade, ao contrário, elas são escritas relatando a mesma. Um funk proibidão não induz o sexo casual ou a violência nos morros, tanto um quanto outro já estão lá, a música só retrata o que é fato.
Colocar a culpa de certos atos na música que se ouve é esquecer que o comportamento de um indivíduo não é constituido de pequenas peculiaridades, e sim depende de um conjunto muito amplo de contigências.
Soooo, Rollover DJ!
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Agora estao fazendo estatistica com o estilo de música mais ouvido no mundo, o Rock! Não duvido nada de que se vc quiser fazer qlquer tipo de relaçao entre algum tipo de comportamento e os admiradores apaixonados do rock, vc vá conseguir. Agora o interessante é tipo de relaçao q interessa à midia expor (mesmo que essa relaçao nao seja realmente comprovada)! Quando vi a fonte dessa reportagem (Portal IG) ja perdeu toda a credibilidade, além do mais nunca vi tese de 20 linhas! E lendo a reportagem completa, o proprio autor diz q o individuo de apresenta certo tipo de comportamento eh q se identifica com a musica, e nao a musica eh q induza ele a fz qlquer coisa! E para os que gostaram da matéria, cuidado!
“Segundo ela, fãs de jazz são solitários e têm problemas em ser aceitos socialmente, enquanto adolescentes que gostam de dance music têm mais chances de consumir drogas. Ouvintes de música pop, por sua vez, estão mais sujeitos a ter dúvidas quanto à sua sexualidade.”
e a PSEUDO CIENCIA ainda rola solta…….
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o grande problema é: a partir de certa evidências (se é que isso pode ser visto como evidência) passa-se a enquadrar o resto do mundo nela!!!
rotular é palavra-chave.
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