Estereótipos e anedotas: o mineirinho esperto

A garota vai à primeira festa de sua vida e, com medo dos avanços dos rapazes,pede conselho à mãe:
-O que faço, mamãe, se OS garotos insistirem…
– Se OS rapazes começarem a insistir muito, minha filha, pergunta que Nome else vão Dar à criança. Isso vai fazer com que else desistam.
Assim foi. No meio de uma dança um catarinense diz:
– Vamos para o jardim atrás DA piscina, Mina?
Ela vai, mas quando o moço quer avançar ela pergunta:
– Que Nome vamos Dar à criança?
O carinha olha-a com surpresa, diz que esqueceu a carteira no bar e sai de fininho.
Uma hora mais tarde repete-se a cena com um paraense.
Igualzinho, quando ela pergunta qual será o Nome do filho, ele FICA de pés frios e vai-se embora.
Em seguida chega um gaúcho como quem não quer nada e lhe DA um beijo, ela pergunta que Nome vamos Dar à criança, o gaúcho também sai de fininho…
Mais tarde chega um Mineiro, vai
Com ela para o jardim, começa com beijinho aqui, beijinho Ali, apalpa-lhe o peito e ela pergunta:
– Que Nome vamos Dar à criança?
Ele continua e abre o vestido dela.
– Que Nome vamos Dar à criança?
Ele pega nos seios.
– Que nooome vaaamos Dar à criança?
Ele tira o vestido dela e a sua calcinha.
– Que noooome… Ahhh… Vaaaaaaaamos daaar… Ahhhh… à
criança? Ahhhhhh… Ahhhhhhhhhhhh…
– Queeee noooooome vaaaaaaamos…..
não pára…….. Daaaaaaaar… Vai….vai…..
Vaiiiiii…… àaaaaaaaaaaah criaaaaaaaança????
Depois de acabarem, ela pergunta mais uma vez:
– E agora, qual vai ser o Nome do nosso filho?
E o Mineiro, triunfante, tira devagar o preservativo, levanta para o alto, dá um nó firme e diz:
-Se ele conseguir sair daqui vai se chamar Magaiver!!!

Hoje eu me sinto mulher

Contribuição: Ivanilde Cerqueira

Fonte: O fabuloso destino de Lívia Poulain

Estereótipos e humor: Black Soul Foda

Contribuição: Judson Rocha Jr.

Estereótipos e humor: idade e bolsa de mulher

Contribuição: Ivanilde Cerqueira

Fonte: Mural de Imagens

Tipos e figuras: vovó Arlinda

Contribuição: Vanessa Carvalho

Estereótipos e expressões populares: o brau

chamada

Contribuição: Greice Santos

Eu estava trabalhando quando uma amiga chegou, esbaforida, querendo me arrastar até um canto, pra me mostrar alguma coisa. ‘É um brau amigo, igual como você falou!! É um brau!!!’

Quando chego lá, lá estava, sentadinho no sofá, um brau. Com bermuda de surfista, cofrinho aparecendo, um bonezinho encardido com um piercing na aba, pulseirinhas de plástico no braço e camiseta machão (aquelas sem manga), de linha. Um brau, tipicamente. O alvoroço da minha amiga é que ela viu se materializar na sua frente o conceito da palavrinha que eu uso, volta e meia: BRAU.

Ser Brau não tem a ver com cor, sexo, raça ou classe social. É estilo.

Estilo Brau. Está no jeito de vestir, falar, andar e dançar. O típico brau se veste exatamente como descrevi acima. A mulher brau geralmente usa blusas de lycra com sutiã com alça de silicone, saia ou short sempre muito apertado. Antigamente ensopavam o cabelo com Kolene, mas pela evolução da espécie a maioria já aderiu à chapinha. Gostam de tudo que é moda, principalmente as ditadas pelas novelas. Andam pelas lojas pedindo o colar da Safira, a argola da Leona, a minissaia com legging do Lacraia. E usam isso mesmo décadas depois, vide sandálias com saltinho de cristal com as quais nos deparamos na rua a todo momento. E quando insistem em usar faixa no cabelo, a usam na testa.

Público fiel de shows tipo pagodão baixaria e arrocha. Adoram festa de camisa (É festa de camisa e colorida!!). Sabem todas as coreografias. Os homens, quando não sabem as coreografias, dançam fingindo que estão brigando, empurrando os outros, dando socos no ar. Na praia, gostam de dar saltos mortais por minuto, carregam o oléo de urucum na cintura da bermuda ou na pochete (Desconjuro!). Alguns passam água oxigenada. Gostam de óculos espelhados, imitação da HB, Mormmai ou Arnnete. E quando não estão usando os óculos, eles colocam a parte das lentes viradas pro pescoço, apoiando as hastes nas orelhas, e fica aquela coisa de que, de costas, ele parece que está de frente. No ônibus, adoram um batuque, ou um tumulto.

Mas para mim, o mais interessante de um Brau é o dialeto. Eu sou da teoria que todos nós temos um lado brau, e é no dialeto que reside o meu. Até já entrei na comunidade do orkut ‘Eu falo Braulês.’ Com um jeito de falar meio ameaçador, meio marrento, meio gozador, eles utilizam um vocabulário próprio. Cito então algumas das expressões mais utilizadas pelo Brau baiano:

Na tora- À força, contra sua vontade. Exemplo:

– ‘Ó mermão, você me dê essa porra logo, senão eu vou tomar na tora, vu!!’.

Pelo uso, já surgiu o advérbio de modo Natoralmente, utilizado da mesma forma: ‘Você me dê essa porra desse dinheiro logo, senão eu vou tomar natoralmente, vu?’

Eu quero é prova! – O brau não está botando muita fé no que você disse, ele não acredita que algo que foi dito irá se concretizar.
Exemplo:

– ‘Fulano disse que vai lhe picar a porra se você der em cima da mulé dele!’
– ‘Eu quero é prova que ele vai picá-la a disgraça na minha cara!!’

O Brau também poderia responder com a variante ‘Eu quero é prova e um real de Big Big!!’. Ou ainda: ‘Eu quero é prova, um real de Big Big e o troco de Paçoquita!’. Ou ainda, simplesmente responder o já famoso e conhecido ‘Aooooooonde!’, que já foi citado até na propaganda do HSBC, onde o carinha pedia a mulher em casamento e ela respondia Aoooooonde, querendo dizer, simplesmente: Não, tá louco, bebeu xampu???

Partir a milhão – Ir embora rapidamente, se mandar. Exemplo:

– ‘Rapá, quando eu vi que ia sobrar pra mim, eu parti a milhão!’

Também pode ser substituído por Partir a mil, Se sair ou Abrir o Gás.

Se botando – Tirando onda. Geralmente, está procurando confusão. Exemplo:

– ‘Oxe, você tá se botanu pra cima mim, é? Num se bote não, vu, não se bote não que eu pico-lhe a porra, sinha mizera, eu lhe arregaço!! Tá me comediando, eu sou palhaço por acaso??’

Mizera – Meu olhar atento às tendências do futuro me diz que Mizera será o novo Porra da Bahia. Surgiu da palavra Miséria, e é utilizado de diversas formas. Pode ser vocativo: ‘ô sinhá Misera, venha cá!!!’, artigo indefinido ‘Esqueci a mizera do cartão em casa’, Sujeito: ‘A mizera nem me ligou no dia dos namorados’, e por aí vai. Atualmente na Bahia, já surgiu o derivado da palavra, utilizado como adjetivo para alguém que não leva desaforo pra casa: Miseravão, Miseravona.

Queixar – Verbo que pode ser usado no sentido de pedir, usando a cara de pau; ou paquerar. Exemplo:

– ‘Na moral vu, man… vou queixar meu chefe pra me liberar amanhã…
vô chegá lá queixando: Me libere aí vá, na moral, que eu tenho que resolver uns pobrema pessoal…’

– ‘Fulano me queixou na festa de ontem, a gente acabou ficando.’

Também existe a variação, quando queremos incentivar alguém a queixar alguma coisa: ‘Jogue os queixos, velho!!.’ Sem falar na pessoa que está sempre pedindo tudo na maior cara de pau: ‘Ele é muito queixudo/queixão.’ Ou ainda a expressão ‘Que queixo!!’, como por exemplo:

– Porra, você ganhou dois brindes, me dê um, vá, na moral!!
– Oxe!! Que queixo!! Se saia, mermão, vô ficar com os dois.

Barão – Moeda corrente. Exemplo:

– ‘Moço, quanto é esse relógio??’
– ‘Aê, morena, pá você eu faço 10 barão.’

Também não podemos deixar de citar palavras e expressões corriqueiras, utilizadas sempre pelos Braus e simpatizantes (como eu…):

Buzu, buzão, Coletivo ou Carro – É o famoso G.O.L (grande ônibus lotado). Quem dirige é o Motô, e o responsável por receber o pagamento da passagem é o Cobra.

Colé véi, colé de mermo – Qual é, e aí?

Trazerar – Não pagar passagem no ônibus. Antigamente os ônibus em Salvador tinham a entrada pela frente e os coithado que não queriam pagar entravam pela porta traseira.

Água dura – Quando uma festa vai ser ‘Água dura’ significa que vai ter muita cachaça. Você vai ‘Comer água’ e chegar em casa ‘Em águas’.

É nenhuma! – Tudo bem, relaxe, não se esquente, é nenhuma.
– Porra, foi mal não ter te ligado ontem…
– É nenhuma!!

Paletar – Andar demais, andar à pé longas distâncias.

Tirado – Um cara metido, arrogante.

Sem falar nas licenças poéticas: Vidro é vrido, fósforo é froscu, fóscuru, frosfro. Calota vira carlota, ônibus vira ôndibu…

Enfim, ser Brau envolve mais conceitos do que pode abranger nossa vã filosofia. Pode ser tudo isso junto, ou apenas um item isolado. Você pode SER brau, ou ESTAR brau. Mas o mais importante: Estará sempre sendo muito divertido!!

Tá ligado, Bródi?

E você? Quantos braus você conhece??

Fonte: Estado de Espítito

Estereótipos de gênero e imagens

Contribuição: Aline Costa

Estereótipos e quadrinhos: diferenças entre homens e mulheres

Contribuição: Aline Costa

Estereótipos e anedotas: o óbvio

Contribuição: Andréia Oliveira

Durante uma aula de português, a professora pergunta:
– Qual é o significado da palavra ‘óbvio’?

Rapidamente, Carine, São Paulina, rica, uma das mais aplicadas alunas da classe, que estava sempre muito bem vestida, perfumada e bonita, respondeu:
– Prezada professora, hoje acordei bem cedo, ao raiar do dia, depois de uma ótima noite de sono no conforto de meu quarto. Desci a escadaria de nossa residência e me dirigi para a copa onde era servido o café. Depois de deliciar-me com as mais apetitosas iguarias, fui até a janela que dá para o jardim de entrada e admirei aquela bela paisagem por alguns minutos, enquanto pensava como é agradável e belo o viver. Virando-me um pouco, percebi que se encontrava guardado na garagem o BMW pertencente a meu pai. Pensei com meus botões: ‘É ÓBVIO que meu pai foi ao trabalho de Mercedes’.
Sem querer ficar para trás, Marquinhos, Palmeirense, de uma família de classe média, acrescentou:
– Professora, hoje eu não dormi muito bem, porque meu colchão é meioduro. Mas eu consegui acordar assim mesmo, porque pus o despertador do lado da cama para tocar cedo. Levantei meio zonzo, comi um pão meio muxibento e tomei café. Quando saí para a escola, vi que o fusca do papai estava na garagem.Imaginei: ‘É ÓBVIO que o papai foi trabalhar de busão’.
Embalado na conversa, Joãozinho, Curintiano, de classe baixa, também quis responder:
– Fessora , hoje eu quase num durmí, purquê teve tiroteio até tarde na favela.
Só acordei di manhã purquê tava morreno difome, mas num tinha nada pra cumê mesmo… quando oiei pela janela du barracão, vi a minha vó cum jornal dibaxo du braço e pensei:
É ÓBVIO qui ela vai cagá. Num sabe lê!’.

Estereótipos e humor: diferenças entre os gêneros

Contribuição: Aline Costa