Notícia do dia: quarta-feira

Notícia publicada no site do jornal Telegraph, do Reino Unido, relata uma pesquisa, conduzida por psicólogos, que retira da segunda-feira a discutível honra de ser o dia mais chato da semana. Clique aqui para ler a notícia.

Problemas gerados pela nova Lei Seca

Contribuição: Rafael Oliveira

1- Os bares vão vender menos, pois menos gente irá aos bares. = Vai ter desemprego.
2 – Quem vai comeras mulheres feias??????
3 – Os bares vão aumentar o preço do refrigerante = chope vai custar 1 real
4 – Quem tomar mais de 4 refrigerantes, terá de brinde 2 chopes.
5 – O cara que comprou o terreno em frente ao bar para explorar estacionamento vai falir = Novamente vai ter desemprego.
6 – O que dizer para a patroa todas as segundas-feiras??? = Querida, vou sair com os amigos para uma rodada de Coca-Cola!!!!!!!!
7 – Futebol já anda sem graça, e agora sem beber, vamos acabar vendo que os caras são pernas-de-pau mesmo = Olha o desemprego aí outra vez.
8 – Daqui a seis meses, terá tanto processo por ser autuado na bebida que vão congestionar o Judiciário.
9 – Com a falta de consumo de cachaça, os alambiques vão falir = E dá-lhe desemprego.
10- Com que cara vamos pedir uma saideira no bar??= Garçom, por favor, aquela Coca para ir embora e a conta.
11 – O baldinho no puteiro vai virar lata de tinta de 18 litros = Como colocar 6 latinhas de refri naquele baldinho?????
12 – Vão aumentar os problemas domésticos e a separação de casais = Como certas pessoas agüentarão ficar em casa sóbrios?
13 – Com o risco de ser multado e perder a carteira, ninguém mais vai andar de carro = As fábricas vão falir (que puta desemprego).
14 – Por outro lado, com tanta gente desempregada, só vai ter nego bebendo para esquecer as contas = Baita problema social.
15 – E quem vai faturar com essa lei???? = O governo!!!

UMAIDÉIA PARA UM EMPREENDIMENTO = CARRO-BOY
O cara bebe todas e chama o Carro-Boy (em anexo) e te leva em casa.

UMA SOLUÇÃO PARA AS BARREIRAS
1 – Andar com um baseado no bolso.
Quando o policial te atacar, já desce fumando.
Vais receber no mínimo uma advertência por usuário de droga, mas o cara nem vai se ligar em te pedir para soprar o bafômetro.

VANTAGENS DA LEI
1 – Podemos chegar em casa às 4 da manhã. É só dizer para a amada, que estávamos esperando passar o efeito etílico para não ser pego em uma barreira.

Notícia do dia: “Tenho filho de 24 anos que só me viu de farda uma vez. Dou mais segurança a minha família se ninguém souber que sou da polícia”

Matéria do jornal A Tarde relata, com base em depoimentos de policiais militares, uma das conseqüências da violência urbana na cidade do Salvador. Clique aqui para ler a matéria.

Hoje eu me sinto mulher

Contribuição: Ivanilde Cerqueira

Fonte: O fabuloso destino de Lívia Poulain

Resenha: Representação social de crianças acerca do velho e do envelhecimento

Greice Santos

O estudo buscou descrever as representações sociais de dois grupos de crianças residentes em um dos bairros afastados do centro comercial da cidade de Janiru/SP.
A autora toma por base a teoria das representações sociais proposta por Serge Moscovici e cita estudos que as apresentam como norteadoras dos comportamentos dos indivíduos na sociedade.
Ela traz a idéia de que as representações sociais resultam tanto de circunstâncias materiais de cada sociedade quanto de seus sistemas de valores e crenças e que podem mudar de uma sociedade para outra e dentro de uma mesma sociedade através do tempo, auxiliadas muitas vezes pelas descobertas científicas que são divulgadas pela mídia e incorporadas pelo senso comum e que passam a integrá-las.
Os estudos apresentados evidenciam que as representações sociais do velho e do envelhecimento predominantes são formadas principalmente por aspectos negativos relacionados às perdas biológicas, de laços sociais e de desempenho no trabalho; acompanhadas dos aspectos positivos da sabedoria e da experiência, numa aparente compensação pelas perdas citadas. A autora destaca, no entanto, que coexistem em nossa sociedade diferentes imagens de velhos como, por exemplo, aqueles que procuram manter-se ativos e jovens, aproveitando a vida dentro de suas limitações; em oposição àqueles doentes, solitários, pobres e abandonados.
Segundo a autora, as representações sociais estruturam o mundo em que estamos inseridos e sua presença na vida dos indivíduos se faz desde a primeira infância. Sendo assim, elas seriam responsáveis pela forma como as crianças vêem o mundo e se posicionam nele com repercussões para toda a vida do indivíduo.
Os resultados do estudo apontaram uma diversidade de conteúdos aparentemente incoerentes nas representações que as crianças investigadas têm dos velhos e do envelhecimento. A autora atribuiu esse fato às diferentes fontes de informações que dispõe essas crianças, devido à realidade em que estão inseridas e sugere que, se essa heterogeneidade for reforçada, talvez essas crianças cresçam vendo o velho e o envelhecimento de formas menos preconceituosas e estereotipadas.
Ela destaca ainda que sua intenção nesse estudo não foi comparar as representações dos dois grupos de crianças mas sim descreve-las; e incentiva novos estudos nesse sentido, pois acredita que eles permitem obter pistas sobre o modo como os indivíduos atuam e se relacionam com os velhos e com sua própria velhice.
Referência: Lopes, E. e Park, M. Representação social de crianças acerca do velho e do envelhecimento. Estudos de psicologia (Natal), 12, 141-148, 2007

Notícia do dia: sin motivos para seguir viviendo

Matéria da agência EFE, publicado em El País, traça, com base no trabalho de Eric Sumano, da Universidade de Dophia, em Tóquio, uma cuidadosa radiografia do fenômeno do suicídio na sociedade japonesa. Clique aqui para ler a notícia.

Uma suspeita que não quer calar

Um dos grandes mistérios do século XX versa sobre o que teria verdadeiramente acontecido na partida entre Argentina e Peru, disputada na Copa do Mundo de 1978. Matéria publicada por Ezequiel Fernández Moores, no Terra Magazine, insiste em perguntar se, afinal, os jogadores peruanos se deixaram subornar. Clique aqui para ler a matéria.

Resenha: Crenças de senso comum sobre medicamentos genéricos vs.medicamentos de marca: Um estudo piloto sobre diferenças de género

Contribuição: Laís Marques

O estudo conduzido por Figueiras e cols.(2007) acerca das crenças de senso comum sobre medicamentos genéricos na população portuguesa reflete um aumento da divulgação e comercialização dos mesmos no país, o que é uma realidade correlata ao Brasil.

O aspecto econômico atrelado aos medicamentos genéricos é de alta relevância, entretanto, os autores do artigo apontam para estudos que demonstram insegurança para com esses e maior confiança na eficácia dos medicamentos de marca. Contudo, os genéricos vêm se popularizando, e vêm mostrando uma aceitação crescente.

Segundo Figueiras e cols.(2007), as crenças de senso comum atreladas aos medicamentos genéricos são permeadas pelas “… características individuais, crenças subjectivas sobre o tratamento e representações da doença do consumidor…” (Figueiras, Marcelino e Cortes, 2007, p.427).

Ao incluir as representações da doença, os autores atribuem um valor também à gravidade da mesma, que será uma das variáveis do presente estudo. Dessa maneira, quanto mais grave for a enfermidade em questão, menor será a confiança num tratamento à base de medicamentos genéricos.

Um dado interessante, trazido por Figueiras e cols (2007), aponta que, em estudos anteriores (Carroll, Wolgang, Kotzan e Perri, 1988 ) doentes que embora tivessem passado por experiência bem-sucedida com medicamento genérico, tinham uma menor probabilidade de voltar a usar este tipo de remédio em casos de doenças mais graves ou crônicas.

A adesão aos medicamentos genéricos perpassa, então, o meio social, através do qual os indivíduos irão adquirir experiências, vivências, que estão nas origens das crenças. Somado a isso, as representações sociais das doenças, e sua gravidade, também são veiculadas nesse âmbito (social).

É possível que, com o aumento crescente de informações acerca dos genéricos, algumas especulações quanto à sua eficácia ou efeitos colaterais sejam modificadas, contudo estamos ainda muito presos à prescrição médica, a qual se dá acentuadamente a favor dos medicamentos de marca. A contribuição dos profissionais de saúde, sobretudo dos médicos, na divulgação dos genéricos, é, dessa maneira, imprescindível, uma vez que, a margem de influência de um profissional como esse é bastante alta, sobretudo em setores mais carentes da população.

Corroborando com essa hipótese, um dado trazido da leitura de Figueiras, Marcelino e Cortes, (2007), pelos autores do artigo, indica que indivíduos com menos escolaridade têm crenças mais negativas quanto aos genéricos. Essa freqüência maior de crenças negativas também é encontrada em pessoas mais velhas.

Na leitura de outros estudos, os autores identificaram também diferenças quanto ao gênero envolvendo queixas somáticas e preocupação com a saúde. Por conta disso, decidiram por investigar, no estudo em questão, as diferenças de gênero associadas
às crenças sobre a medicação (genérica e de marca) para quatro doenças específicas, com graus de gravidade distintos.

Como resultados, eles obtiveram que: a concordância com a prescrição de medicamentos genéricos é inversamente proporcional à gravidade da doença; que os homens tendem a concordar mais com o uso de genéricos para doenças leves e que as mulheres associam mais fortemente o uso de medicamentos de marca às doenças mais graves.

A concordância com a prescrição de genéricos de uma forma geral, entretanto, chamou a atenção dos pesquisadores. Isto, por conta da implementação desses medicamentos ser recente em Portugal. Dentre as possíveis explicações, Figueiras e colaboradores elencaram: o fato de um participante da pesquisa poder dar respostas que ele acredita que são as esperadas; a disponibilidade de informação acerca dos genéricos e o custo menor, que é um fator bastante atrativo.

Quanto às diferenças de gênero encontradas no estudo, Figueiras e cols.(2007), sugerem a influência das diferentes formas de avaliação da saúde nessa esfera.

As mulheres, por apresentarem mais queixas e recorrerem mais aos cuidados médicos que os homens, acabam tendo uma percepção de gravidade das doenças diferenciada. Como a gravidade é um fator central na decisão entre um medicamento genérico e um de marca, e este fator tem conotações distintas para os dois gêneros, pode-se atribuir certa influência deste aspecto (gênero) nos resultados. Contudo, os pesquisadores marcam que, por se tratar de um estudo piloto, essas relações devem ser interpretadas com certo cuidado.

O estudo sobre as crenças acerca dos medicamentos genéricos reflete uma preocupação atual envolvendo a repercussão desses remédios na população. Na realidade portuguesa, os índices encontrados foram positivos, o que reflete a popularização desses fármacos devido à informação disponibilizada, sobretudo na mídia, e a redução de custos com a saúde.

Os medicamentos genéricos também vêm se popularizando no cenário brasileiro devido à sua divulgação e baixo custo. Contudo, por conta das diferenças entre as populações brasileira e portuguesa, esses resultados não podem ser generalizados para a nossa realidade.

Dessa forma, a leitura do artigo deixa uma enorme curiosidade a respeito do que poderia ser encontrado no Brasil, sobretudo, por conta de uma série de representações negativas do sistema de saúde. Esse cenário envolve, além de outros fatores, as implicações que o custo dos tratamentos traz para pessoas de renda mais baixa, para as quais o impacto econômico da utilização de remédios genéricos ou de marca é bastante acentuado.

Referência: Figueiras, M. J., Marcelino, D., Cortes, M. A., Horne, R. e Weinman, J. Crenças de senso comum sobre medicamentos genéricos vs.medicamentos de marca: Um estudo piloto sobre diferenças de género. Análise Psicológica, 25, 3, 427-437, 2007

Biblioteca: inclusão de conteúdo

Acrescentado à biblioteca o artigo Pensamento, crenças e complexidade humana, de Cristina Satiê de Oliveira Pátaro.

Biblioteca: inclusão de conteúdo

Acrescentado à biblioteca o artigo Crenças de senso comum sobre medicamentos genéricos vs.medicamentos de marca: Um estudo piloto sobre diferenças de género, de Maria João Figueiras, Dália Marcelino, Dália, Maria Armanda Cortes, Rob Horne e John Weinman