Título: Promoting Health and Well-being in Lives of People Living with HIV and AIDS
Autor: Urmi Nanda Biswas
Periódico: Psychology & Developing Societies, 19, 215-247, 2007
Resumo: clique aqui para obter
Título: Promoting Health and Well-being in Lives of People Living with HIV and AIDS
Autor: Urmi Nanda Biswas
Periódico: Psychology & Developing Societies, 19, 215-247, 2007
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Matéria publicada no jornal El País relata a vitória das filhas de pescadores da Comunidade de La Albufera que lutaram na justiça para usufruirem dos mesmos direitos asseguradas aos homens. Clique aqui para ler a matéria.
Sim, nós temos Pelé; eles se contentam com Maradona. Este post é a propósito da música La vida es tombola, do último e excepcional disco do cantor francês/espanhol/catalão/brasileiro/latino-americano e anti-Bush Manu Chao.
Se yo fuera Maradona,
viviria como él.
Maradona, um mito de carne e osso, ainda vive, e intensamente, entre los hermanos argentinos. Suas jogadas excepcionais são freqüentemente lembradas. Em qualquer uma das inúmeras livrarias de Buenos Aires é possível encontrar muitos livros sobre o ídolo, inclusive um, onipresente, no qual é reproduzido, em cada uma das páginas, quadro a quadro, as imagens do gol contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986, considerado pelos argentinos, assim como por este que escreve, como o mais bonito de todas as copas.
Se yo fuera Maradona,
frente a cualquier porteria,
Goleiros nunca foram problemas para Maradona. A cada internamento, um país inteiro de plantão, na porta do hospital a orar e chorar pelo ídolo e quando todos esperam o pior, eis que El Pibe cola a bola na perna esquerda e driblando quantos brutamontes zagueiros apareçam na frente, o porteiro e aquela de quem ningués escapa, arruma as malas, encontra um caminho e vai bater um animado papo com o velho camarada Fidel.
Se yo fuera Maradona
nunca m´equivocaría.
Pelé é um ícone, conhecido em todo o redondo mundo; ninguém sabe, no entanto, o que ele fez ontem ou está fazendo hoje, nem se está no Brasil ou se está lá fora. Pelé é um cidadão do mundo, quase nunca erra… quer dizer, desde que não fale de política. Maradona, também é um cidadão do mundo, claro, mas de vez em quando comete uns deslizes. E você, se fosse Maradona, nunca se equivocaria?
O universo das crenças tem como referente um espaço psicológico fundamental, constituído a partir dos relacionamentos entre a pessoa e o seu mundo e embora este universo tenha recebido muitos nomes na literatura psicológica – espaço vital, mapa cognitivo, realidade psicológica, sistema de construtos pessoais, modelo de mundo – estas diversas concepções são semelhantes no sentido que compartilham uma suposição básica: um dos elementos, o indivíduo, desenvolve um conjunto de disposições funcionais, um sistema de crenças ou um conjunto de expectativas implícitas, a respeito das coisas que ocorrem no segundo elemento, o mundo.
Uma vez que não existe uma correspondência unívoca estrita entre a realidade psicológica e o mundo real e as experiências de qualquer pessoa com o mundo são necessariamente parciais e incompletas, logo imperfeitas, as crenças, sobretudo as que se referem às expectativas, devem ser definidas como probabilísticas.
Os estereótipos são crenças. As crenças se organizam sob a forma de sistemas. Cada indivíduo adere a um número bastante substancial de crenças. Uma forma de impor uma organização a esta enorme diversidade é mediante a adoção de um esforço taxionômico, como o conduzido pelo professor Helmuth Krüger, que identifica as dimensões fundamentais a partir das quais é possível classificar e oferecer inteligibilidade a um conjunto heteróclito e disparado de crenças ordenadas sob a forma de sistemas:
a) o nível de consciência, uma vez que algumas crenças são resultantes de um esforço apurado de reflexão e crítica, enquanto outras são adotadas sem que seja possível identificar qualquer esforço sistemático de reflexão;
o grau de consciência da crença estereotipada é baixo, pois se trata de uma crença generalizada e não submetida a um esforço reflexivo sistemático;
b) o objeto da crença, pois as crenças podem ter por referente pessoas, o mundo objetivo, o si mesmo e entidades ideais ou abstratas;
as crenças estereotipadas se referem a grupos e categorias sociais humanas. É inadmissível fazer alusões a estereótipos de animais, objetos, coisas e demais entes inanimados;
c) o modo, desde que algumas crenças podem ser afirmativas, enquanto outras tendem a ser negativas;
usualmente as crenças estereotipadas são expressas sob forma afirmativa, embora seja possível a expressão dos estereótipos mediante o uso de asserções de caráter negativo;
d) a aceitação pessoal, pois algumas crenças são acompanhadas por um forte sentimento de certeza, enquanto outras são expressas sem qualquer convicção;
os estereótipos são crenças a respeito de grupos sociais, cujo grau de certeza pode ser variável, a depender de quem crê e do conhecimento sobre o grupo alvo;
e) a importância atribuída, uma vez que os indivíduos não atribuem a mesma importância ou não aderem com o mesmo fervor a todas as classes de crenças;
estereótipos são crenças a respeito de grupos sociais, cujo grau de importância é variável e depende daquele que crê;
f) a congruência entre crenças e ações, dado que algumas crenças são acompanhadas por ações congruentes, enquanto em outras circunstâncias não ocorre qualquer congruência entre a crença e a ação;
O mais usual é que as crenças estereotipadas sejam acompanhadas por ações consistente com o que se acredita.
g) perspectiva temporal, pois umas crenças podem se referir ao passado, ao presente ou ao futuro;
as crenças estereotipadas geralmente se referem ao presente, embora nada impeça que elas possam fazer alusão ao passado ou mesmo a uma certa perspectiva futura.
h) consenso ou concordância social, pois algumas crenças obtém um alto grau de concordância social, enquanto outras encontram apoio, quando o encontram, apenas em grupos minoritários;
uma crença estereotipada depende de um forte grau de compartilhamento social, senão estaríamos a falar de crenças idiossincráticas e não de crenças estereotípicas;
i) a necessidade lógica, dado que é justificado estabelecer uma distinção entre as crenças que são capazes de se exprimir sob a forma de verdades necessárias e outras que exprimem apenas afirmações contingenciais.
as crenças estereotipadas devem ser entendidas como explicações ou teorias a respeito dos atributos ou das ações de outras pessoas.
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Estereótipos e categorias sociais
As primeiras reflexões sistemáticas a respeito dos estereótipos foram apresentadas por Walter Lippman, um jornalista norte-americano. Ele sugeriu que na vida moderna as pessoas são convidadas a tomar, diariamente, uma série de decisões sobre um conjunto de temas a respeito do qual o qual não possuem qualquer conhecimento. Como esta decisão tem de ser tomada, e de forma rápida, na falta de um repertório informacional adequado que guie racionalmente a decisão, elas terminam por se sustentar em um conjunto de crenças, compartilhadas amplamente pela sociedade, e sobre as quais não se dispensou qualquer juízo avaliativo. O argumento central das reflexões de Lippman sobre os estereótipos parece ser este: cada ser humano, mesmo conhecendo apenas uma pequena parte da superfície terrestre, e ainda assim em caráter restrito e limitado, é solicitado a tomar decisões sobre um número substancial de questões, algumas extremamente complexas, sobre as quais não possui um entendimento satisfatório, o que o impõe a interpretar a realidade de acordo com o seu próprio ponto de vista, ao elaborar um retrato parcial e um tanto ingênuo a respeito do mundo em que vive.
– as crenças desempenham um importante papel na manifestação dos comportamentos sociais e coletivos;
– em toda cultura é possível identificar um conjunto de crenças compartilhadas por um número substancial de pessoas;
– uma crença é coletiva quando uma infinidade de exemplares da mesma encontra-se em circulação, embora cada um desses exemplares seja ligeiramente diferente dos demais;
– uma parte substancial dessas crenças coletivas se refere a outros grupos nacionais, regionais ou étnicos;
– a base cognitiva das crenças sobre os membros de outros grupos assenta-se sobre um conjunto de representações estereotipadas;
– os estereótipos étnicos e nacionais podem ser explicados a partir de uma série de fatores psicológicos, psicossociológicos ou sociais;
– fatores psicológicos como a atenção, a codificação e a busca da informação presente na memória, assim como os fatores vinculados à afetividade impelem a uma avaliação por demais genérica dos grupos externos;
– alguns mecanismos psicológicos trabalham no sentido de fixar a crença de que os membros do grupo externo são todos iguais;
– outros mecanismos psicológicos se encarregam de destituir a importância das informações capazes de levar à reavaliação dos grupos externos;
– se algo indesejado ou negativamente avaliado ocorre, as pessoas tendem a apontar os grupos externos como a causa destas dificuldades;
– as pessoas sempre encontram justificativas para os atos que perpetraram ou que tiveram a intenção de promover contra membros do grupo externo;
– as pessoas tendem a avaliar as pessoas de seu grupo de uma forma bem positiva do que àquelas que pertencem aos grupos externos;
– em decorrência desse viés na avaliação dos grupos, geralmente é difícil evitar a adoção de comportamentos ou ações estereotipadas.
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