Estereótipos e telenovela: uma Helena negra?

Contribuição: Daiana Nogueira e Elisa Maria Araújo


Ao longo da sua trajetória como autor, Manuel Carlos escreveu novelas protagonizadas por mulheres bem sucedidas, que lidam bem com os obstáculos da vida, que são de alto nível sócio cultural, sempre boas mães, politicamente corretas e éticas. O intrigante é perceber que todas elas sempre foram representadas na figura de atrizes brancas. Na sua próxima novela, quebrando esse estereótipo, o autor já revelou que Thaís Araújo, será a sua nova Helena. Fica a questão: este ato irá contribuir para a redução do preconceito étnico racial ou acentuará ainda mais as crenças compartilhadas de que atributos valorizados socialmente estão restritos aos brancos?

Estereótipos e cinema: a primeira princesa negra da Disney

Contribuição: Marcus Vinicius Alves

A Disney lançará em breve um filme com a sua primeira princesa negra, chamado “A Princesa e o Sapo” e para não cometer erros e expressar estereótipos que possam ofender a comunidade afro-americana tem pedido ajuda para conselheiros dos movimentos negros dos Estados Unidos.

Pela matéria do link, já dá para ver a primeira estereotipização, ligando a cor da pele com o estilo musical Jazz, entretanto o fato da produção estar sendo acompanhada talvez evite os mais absurdos deslize. Deslizes como o príncipe ser também negro (repetindo o que sempre se vê nos filmes, onde personagens negras só se casam com outras personagens negras), se a princesa terá um leve sotaque no gueto e fã de hip hop, se terá um teor cômico (muito atribuído a personagens negras) etc. Clique aqui para ler a matéria publicado em O Globo.

Estereótipos e televisão: gordos e magros

Contribuição : Aruanã Fontes e Milena Magalhães

As imagens mostram atores ‘gordinhos’ que representam personagens com algumas características: gulosos, engraçados, atrapalhados, etc. Enfim, uma série de peculiaridades que comumente são atribuidos as pessoas acima do peso nos programas televisivos.
Na primeira imagem vemos uma família da novela “Sete Pecados”. Nessa novela eles eram donos de um restaurante e em suas cenas sempre estavam comendo ou fazendo alguma trapalhada. Eles representavam o pecado da gula.
Na segunda vemos dois atores do programa “Zorra Total”, eles apresentam vários quadros, sendo que em sua maioria representam personagens comilões fazendo o estilo comédia pastelão. A personagem Dra. Lorca (Fabiana Karla), em especial, está sempre com alguma guloseima em mãos.
Em “Saramandaia”, novela da Rede Globo, a personagem D. Redonda é conhecida pela célebre cena em que explode por ter comido muito.
Também vemos esse tipo de personagem em filmes, como “O Amor é Cego” e o “O Professor Aloprado”.
Raramente vemos personagens gordos que se desvinculam desse estereótipo.

Estereótipos e televisão: mocinhos e vilões

Contribuição: Elis Araújo, Clara Vasconcelos e Daiana Nogueira

As telenovelas, principalmente da Rede Globo, transmitem um maniqueísmo evidente. Geralmente, os personagens são expostos como sendo indivíduos unifacetados, sendo totalmente “bonzinhos” ou “vilões”. Os bonzinhos, usualmente se vestem com roupas florais, mais tradicionais e clássicas; não xingam, choram muito, passam por sofrimentos e desencontros ao longo de suas vidas. Já os vilões, tem visual arrojado, utilizando-se de decotes e roupas coladas; possuem grande astucia e racionalidade. Assim, estes personagens fazem com que roupas, comportamentos e atidudes, passem a ser pareados ao caráter dos indivíduos, reforçando estereótipos acerca dos que são considerados “bons” e “ruins”.

Estereótipos, humor e mídia: o poder feminino

Contribuição: Natália Canário, Patrícia Carvalho e Yasmin Oliveira

Fonte: Kibe Louco

Esta imagem foi retirada do blog de jornalismo-humorístico, Kibe Loco, criado pelo publicitário Antônio Pedro Tabet. A foto diz respeito à greve realizada por mulheres quenianas, a fim de protestar contra as disputas dentro do governo de coalizão do país, temendo que se repita a onda de violência ocorrida na eleição de 2007.
Após exibir a manchete, o site satiriza a notícia utilizando-se de um humor preconceituoso. O emprego de termos pejorativos, como “canhões”, reflete sua visão de que as mulheres do Quenia não são atraentes.
Além daquilo expresso pelo site, a própria iniciativa das ativistas quenianas mostra um dos estereótipos vinculados à mulher: de que ela tem o poder de manipular os acontecimentos através do sexo. Reforça também o de que o homem é o detentor, por direito, do poder  e que às mulheres cabe apenas tentar modificar a opinião masculina.

Estereótipos, mídia e contexto

Contribuição: Bernardo Follador e Lucas Carneiro


Este filme O QUARTO PODER exemplifica como os meios de comunicações podem influenciar no julgamento dos indivíduos. Fica , assim, explicito o poder deste fator contextual da mídia.

Estereótipos e a venda de destinos turísticos

Contribuição: Gilcimar Dantas

As propagandas para atrair turistas sempre exageram. No caso do estado da Bahia não seria por menos: um lugar aonde todos estão sorrindo o dia inteiro, aonde o sol está brilhando e não chove o ano todo e que há uma alegria que emana em todo lugar. Num estado tão contraditório, um dos estados mais pobres do país e o sexto em geração de renda, isso mais parece uma brincadeira de mal gosto.

Estereótipos e televisão: a caminhos das índias

Contribuição: Daiana Nogueira, Clara vasconcelos e Elisa Maria

A Rede Globo tem o costume de fazer novelas em outros países, colocando no ar inúmeros enredos sobre outras culturas e costumes. Porém, fica a questão: a realidade apresentada nestas telenovelas corresponde à realidade destes países? Se não, será que retratar a realidade de maneira mais fidedigna atrairia o público e daria visibilidade suficiente a emissora?

Estereótipos, televisão e identidade racial

Contribuição: André Oliveira & Luzia Mascarenhas

Essa imagem retrata o estereotipo do negro sempre ocupando empregos menos prestigiados em relação às pessoas brancas. Algo que é bastante mostrado nas novelas e filmes.

Muito além do cidadão Kane

Contribuição: Bernardo Follador & Lucas Carneiro

Documentário Muito Além do Cidadão Kane de Simon Hartog produzido em 1993 pelo canal 4 da BBC. O documentário discute o poder da rede Globo em controlar a opinião publica e os comportamentos dos cidadões. Não precisa nem dizer que teve sua exibição proibida no Brasil. Clique aqui para obter mais informações.