Contribuição: Gilcimar Dantas
As propagandas para atrair turistas sempre exageram. No caso do estado da Bahia não seria por menos: um lugar aonde todos estão sorrindo o dia inteiro, aonde o sol está brilhando e não chove o ano todo e que há uma alegria que emana em todo lugar. Num estado tão contraditório, um dos estados mais pobres do país e o sexto em geração de renda, isso mais parece uma brincadeira de mal gosto.
O mais intrigante é que assistindo ao vídeo, mesmo com uma postura crítica, somos contagiados por toda esta falsa “baianidade”. Prova que mesmo com avaliações mais criteriosas e prudentes, a força e poder dos estereótipos (e da publicidade) sobre a nossa percepção e comportamento são muito intensas.
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Realmente o vídeo é deveras contagiante e mesmo eu sendo baiano, com esta veiculação dá vontade de conhecer a Bahia. Eis aí a força estereotipada retratada na credibilidade dos ícones baianos e que em nenhum momento transcende o lado negro dos guetos, da criminalidade, o tráfico de drogas, dos pedintes e dos que alimentamos aos sábados na sarjeta isso sem contar com as grades que colocamos em nossa casa protegendo portas e janelas para dificultar a entrada não autorizada dos ditos delinquentes.
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