No meu tempo de criança, como se diz em baianês, era “de lei” ligar a televisão na TV Educadora às oito da noite e acompanhar as incríveis histórias de Kevin Arnold. Nunca encontrei pessoa que não tem gostado dessa série, pelo contrário, os nostálgicos são muitos.
Estereótipos presentes na série
Cenário: Típico subúrbio americano dividido em quadras com largas avenidas e casas padronizadas com jardins grandes.
Pai: O veterano da guerra da Coréia é homem de poucas palavras, empregado de uma firma de movéis. Não tem tempo para nada e vive enrolado com as contas da casa, principalmente com os tributos do estado. Muito admirado por Kevin.
Mãe: Dona-de-casa que vive para cuidar dos filhos e da casa. É bonita, amorosa, cozinha bem e nunca levanta a voz para o marido.
Irmã mais velha: Usa roupas alternativas estilo New Age, é contra a guerra do Vietnã e carrega todos os ideais da juventude de 1968: seria uma espécie de hyppie-chique. É retratada como uma pessoa muito distante de Kevin.
Irmão: É mostrado como um estúpido, burro, ignorante, cujo único objetivo na vida é bater e brigar com o nosso herói.
Melhor amigo (Paul): Judeu, alérgico a tudo, usa óculos maior do que o rosto, desengonçado, tira as melhores notas da escola e nunca faz nada de errado: um autêntico Nerd.
Winne Cooper: O primeiro amor de Kevin. É idealizada. Bonita, inteligente e incompreensível. É fisicamente maior que Kevin e de fato eles não terminam juntos.
Em psicologia social pesquisadores constataram que a maioria de nós exibe um viés personalista, ou seja, tipicamente nos classificamos como melhores do que a média da população.
A estereotipização dos personagens pode derivar da narrativa tendenciosa do protagonista que categoriza seu meio social e as pessoas significativas na sua vida, mas não atribui a ele mesmo nenhum estereótipo. Esse processo de categorização dos outros é feito por nós a todo o momento e isso pode explicar porque simpatizamos tanto com Kevin.
Como nos lembramos da nossa infância? Somos heróis em um meio físico e social estereotipado, mediano? Lembramos de nós como sendo acima da média tal qual indica a tendenciosidade personalista?
Matéria publicada no UTSA Today divulga um seminário, patrocinado pelo Women’s Studies Institute, da Universidade do Texas, Santo Antonio, no qual se pretende discutir como os famigerados realities shows reforçam estereótipos sobre homens e mulheres e apresentam uma visão preconceituosa do casamento, da sexualidade e das classes sociais. Clique aqui para ler a matéria.
O vídeo abaixo é uma compilação de uma série de estereótipos aplicados ao gênero feminino, tais como eles são apresentados nas séries produzidas para a televisão.
Matéria publicada no blog prensaargenta analisa um fenômeno bastante comum no Brasil, mas que também se manifesta em outros países, no caso, a Argentina. Trata-se dos papéis geralmente estereotipados desempenhados por atores de minorias étnicas em programas televisivos. Para ler a matéria completa clique aqui