Artigo publicado: Tolerant majorities, loyal minorities and ‘ethnic reversals’

Título: Tolerant majorities, loyal minorities and ‘ethnic reversals’: constructing minority rights at Versailles 1919*

Autores: LILIANA RIGA, JAMES KENNEDY

Periódico: Nations and Nationalism, 15, 461-482,2009.

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Artigo publicado: Understanding White Americans’ Perceptions of Racism

Título:Understanding White Americans’ Perceptions of Racism in Hurricane Katrina-Related Events

Autores: Laurie T. O’Brien, Alison Blodorn, AnGelica Alsbrooks, Reesa Dube, Glenn Adams, and Jessica C. Nelson

Periódico: Group Processes Intergroup Relations 2009;12 431-444

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Artigo publicado: Reactions to Procedural Discrimination in an Intergroup Context

Título:Reactions to Procedural Discrimination in an Intergroup Context: The Role of Group Membership of the Authority

Autores: Grand H.-L. Cheng, Kelly S. Fielding, Michael A. Hogg, and Deborah J. Terry

Periódico: Group Processes Intergroup Relations 2009;12 463-478

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Artigo publicado: Disregard for Outsiders: A Cultural Comparison

Título:Disregard for Outsiders: A Cultural Comparison

Autores: Romin W. Tafarodi, Sarah C. Shaughnessy, Wincy W. S. Lee, Doris Y. P. Leung, Yuka Ozaki, Hiroaki Morio, and Susumu Yamaguchi

Periódico: Journal of Cross-Cultural Psychology 2009;40 567-583

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Resenha: Música, comportamento social e relações interpessoais

Aílton Alves de Souza

Muitos teóricos se debruçam sobre a questão da música em busca de saber os seus reais efeitos social e fatores relacionais sobre os indivíduos. Apesar de o lingüista Steven Pinker promover suas declarações que poderiam contrariar alguns efeitos benéficos da música, isto veio a suscitar maiores reflexões envolvendo multidisciplinarmente categorias de especialistas num objetivo específico, “a música e seus efeitos”.
Não se pode acreditar que por uma razão geneticista-determinista existisse um gene determinado para a música, assim como também não existe um gene determinado para a homossexualidade e ou a violência, entretanto, elas existem e numa escala acentuada. E como as outras situações, a música existe e continua a exercer o seu papel nas sociedades e nas culturas.
Platão, a alguns séculos antes da era cristã, em sua magnânima sabedoria já dizia: “a música é valiosa não apenas por que cria requintes de sentimento e caráter, mas também por que preserva e restaura a saúde”.
Na antiguidade, nas grandes civilizações, a música era utilizada como uma forma de terapia para cura de enfermidade alem de está presente nos encontros sociais e religiosos. Era extensamente empregado para cura de distúrbios emocionais o que nos trás na contemporaneidade uma clara demonstração de seus efeitos sobre os indivíduos.
Segundo Huron (1999) dentro de uma característica filogenética, a música incrementa uma ambiência e proporciona todo um clima para a aproximação das pessoas em seus encontros amorosos e baseado no mesmo autor, a música exerce alguns efeitos sobre a atração e sobre o desenvolvimento subseqüente das relações interpessoais. Assim, a música, conforme Gregory (1997), é um fenômeno social que vem mantendo suas funções tradicionais e sentidos próprios em diferentes sociedades no decorrer da história.
É sabido que para ocorrer uma relação interpessoal precisa do aparecimento de um atrativo que empurre os indivíduos para um ponto comum de união e que possivelmente deve está extremamente entrelaçado com os processos cognitivos. Não se pode desprezar neste contexto, os valores das atitudes e crenças como forças que podem mover as pessoas para a atração interpessoal. Isto nos trás a idéia de que a atração interpessoal depende do contexto social o que pode ocorrer também com a formação do gosto musical. Por mais díspare que pareça esta comparação, ela trás um ponto de interseção que é a indução e o aflorar de sentimentos.
Diante de seus efeitos, podemos dizer que a música tem a possibilidade de levar o indivíduo a dois extremos diferentes; visualizemos o trio do chiclete com bananas tocando em pleno carnaval na avenida, a música “Cabelo raspadinho” que pode suscitar aos ouvintes num determinado contexto, a adotar comportamentos desviantes que a emoção te solicita. Por outro lado, se ouvirmos a música “Com te Partiró” na interpretação de Andrea Bocelli, certamente teremos outras emoções que não aquelas(e também precisa ser analisado o contexto). Diante disso, dá para se perceber que os sentimentos induzidos pela música têm implicações significativas para o comportamento social (Crozier, 1997), em partes por que gêneros musicais diferentes eliciam graus diferentes de excitação.
Baseado nisso, entende-se que não se devem levantar bandeiras quanto ao gosto musical do indivíduo, pois o senso de “música apropriada” depende de fatores culturais e situacionais, uma vez que as respostas, as percepções e os usos da música são comportamentos aprendidos e previamente determinados por membros de um grupo social (Abeles, Hoffer & Klotman, 1995).
Diante de estudos desenvolvidos para testar a veracidade dos efeitos da música sobre o indivíduo, eles trazem uma revelação de que, de fato, a música exerce um papel importante nas relações interpessoais, muito embora não comprovadamente os seus efeitos sobre a atração e a escolha de parceiro. Porém, deixou claro que de forma indireta e generalizada também seus efeitos repercutem sobre a relação interpessoal.
Assim podemos concluir que “conforme a sugestão de Pinker (1997) de que nossas vidas permaneceriam praticamente inalteradas na ausência da música, não é inteiramente verdade, primeiramente, devido ao seu caráter”, outrossim, a sua idéia se esbarra na questão da definição de música, uma vez que existem muitas definições possíveis, que ultrapassam as fronteiras do Mundo Ocidental, bem como o que as pessoas definem como música.

Referência: Ilari, B. Música, comportamento social e relações interpessoais. Psicologia em Estudo, 11,1, 191-198

Artigo publicado: Relationships Between Authoritarianism and Support for Military Aggression

Título: Nationalism, Internationalism, and Perceived UN Irrelevance: Mediators of Relationships Between Authoritarianism and Support for Military Aggression as Part of the War on Terror

Autor: H. Michael Crowson

Periódico: Journal of Applied Social Psychology, 39, 5,2009, 1137-1162

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Resenha: Crenças de senso comum sobre medicamentos genéricos vs. medicamentos de marca: um estudo piloto sobre diferenças de gênero.

Marinês Oliveira

O presente artigo faz um estudo pautado nas crenças do senso comum sobre Medicamentos Genéricos vs. Medicamentos de Marca na perspectiva de Gêneros. Segundo Figueiras, Marcelino & Cortes (2007), em termos da população em geral, existem crenças de senso comum acerca da eficácia e segurança dos genéricos, que poderão condicionar a escolha do medicamento no momento da compra, na medida em que esta é influenciada pelas características individuais, crenças subjetivas sobre o tratamento e representações da doença do consumidor. Tal fato se concretiza, quando as pesquisas percebem que o uso do genérico está associado a percepção do individuo a respeito da gravidade de sua doença, ou seja, a percepção de doença e não a percepção acerca do medicamento que determina o seu uso. Assim, quando a percepção acerca da doença não é tão grave o uso dos genéricos dispõe a aumentar. Os autores também atribuem esta crença ao fato de que nos últimos anos, embora a população tenha recebido grandes informações sobre medicamentos genéricos, os indivíduos estão mais habituados a receberem uma prescrição de um medicamento de marca, cujo nome é mais conhecido, ou por experiências anteriores, ou por indicação de terceiros. Acrescenta ainda que, um estudo recente mostrou a importância do nome do fármaco em termos dos significados implícitos e explícitos dos nomes de marca.
Tal fato tem subsídio nas abordagens dos sistemas de crenças de Bem (1973) e Rockeach (1981), quando colocam que as origens das crenças podem advir de experiências, vivencias, meios de comunicações, autoridades, e outros. Percebe-se o bombardeio da mídia farmacêutica no que diz respeito às medicações, tornando estas mensagens de maneira tão organizadas e imperativas que, ao passar, do tempo, elas vão adquirindo a forma de doutrinas, verdades absolutas e sistema de opiniões e pensamentos.
O presente estudo avaliou em que medida o nome da doença pode influenciar a crença sobre o uso de medicamentos (genéricos e de marca) em indivíduos saudáveis, e (2) a existência de eventuais diferenças de gênero associadas às crenças sobre a medicação. Os resultados indicam que existem efeitos de interação entre tipo de medicamento e doença. Os participantes concordam com a prescrição do medicamento genérico para todas as doenças, no entanto esta concordância diminui significativamente à medida que a gravidade da doença aumenta. Verificaram-se ainda diferenças de gênero em relação à crença na eficácia dos medicamentos genéricos para as diferentes doenças. Os homens associam o uso do medicamento genérico a doenças que consideram menos graves, enquanto as mulheres associam a utilização do medicamento de marca a doenças percepcionadas como mais graves. Sendo importante salientar que a gravidade de cada doença dentro da percepção masculina/feminina é o que diferenciou este resultado. Ou seja, para a doença gripe, os resultados foram diferentes, pois homens e mulheres tiveram percepções de gravidade distintas. Este estudo levanta questões importantes no que se refere a aspectos subjetivos relacionados com a escolha e uso de medicamentos, o que pode ter implicações para a saúde em geral e para a adesão a regimes terapêuticos.
Neste caso, é visível o quanto as crenças manifestam os seus efeitos nos processos cognitivos de uma forma importante que são capazes de influenciar a maneira através da qual as pessoas percebem e interpretam os fatos. No artigo, elas não só delimitam as proposições que os indivíduos tem a respeito do objeto, como foram capazes de ditar suas escolhas e comportamentos.
Referência: Figueiras, Marcelin, Cortes, Horne & Weinman (2004), Crenças de senso comum sobre medicamentos genéricos vs. medicamentos de marca: Um estudo piloto sobre diferenças de gênero.

Artigo publicado: Gender Portrayals in Portuguese Television Advertisements

Título: Changing Patterns of Gender Portrayals in Portuguese Television Advertisements

Autores: Félix Neto, M. Carolina Silva

Periódico: Periódico: Journal of Applied Social Psychology, 39, 5,2009, 1214-1228

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Artigo publicado: Homophobia and Gender-Role Traditionality on Perceptions of Male Rape Victims

Título: The Moderating Influence of Homophobia and Gender-Role Traditionality on Perceptions of Male Rape Victims

Autores: Sandy White, Niwako Yamawaki

Periódico: Journal of Applied Social Psychology, 39, 5,2009, 1116-1136

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Resenha: Flutuações e diferenças de gênero no desenvolvimento da orientação sexual: Perspectivas teóricas

André Oliveira de Assis Núñez

No desenvolvimento das identidades individuais e relacionais, as relações dos sexos e dos gêneros com a diversidade de comportamentos humanos – e com a linguagem disponível socialmente – levou a que encontrássemos e nos definíssemos segundo conceitos e expressões como: mulher/homem, feminino/masculino, heterossexuais, homossexuais ou bissexuais (lésbicas, gays, bissexuais – LGB), transexuais. É válido ressaltar também à importância da proporção do espaço de reflexão social e de investigação que estuda os mundos relacionais e as relações entre as pessoas, com os muitos significados que os discursos sociais criam sobre tal, que abrange desde à sociologia até algumas áreas da medicina, contribuindo assim para a compreensão do que leva às pessoas a escolherem relacionar-se entre si. Tornando assim, o tema sobre orientação sexual atual e complexo.
O termo sexo se relaciona com a estrutura anatômica e o termo gênero aos aspectos psicossociais do sexo, impostos ou adaptados socialmente – devendo os construtos ser mantidos separados e claramente definidos na sua especificidade, para a melhor compreensão psicológica da identidade. Sendo de extrema importância para a análise das características distintas que ocorrem nas relações entre as pessoas, existindo assim diferenças importantes entre o ser – anatomicamente – , e o pensar, não necessariamente se relacionando.
O desenvolvimento da identidade sexual pode ser encarado em três dimensões: a identidade de gênero, os papéis sexuais e a orientação sexual.
A identidade de gênero – o primeiro componente da identidade sexual – desenvolve-se entre o nascimento e os três anos de idade, sendo definida como “a convicção básica do indivíduo acerca do seu sexo biológico”.
O segundo componente a desenvolver-se são os papéis sexuais, ou seja, as características culturalmente associadas com ser homem ou mulher – que através dos estereótipos são percebidas como as características masculinas ou femininas. Os papéis sexuais associam-se por sua vez, ao que se espera de uma “menina-menino”, evoluindo ao longo da vida, consoante as circunstâncias sociais. É importante notar, que esse processo ocorre nas pessoas entre três a sete anos, sendo que não são processos estáveis e definitivos, dependendo muito do contexto social onde a criança está inserida. E por fim, O terceiro componente da identidade sexual é a orientação sexual – a preferência por parceiros do sexo oposto, do mesmo sexo ou por ambos os sexos.
Através da relação entre a identidade de gênero, os papéis sexuais e a orientação sexual, faz com que possamos entender a identidade sexual das pessoas, porém é válido notar que ter comportamentos ou atrações pelo mesmo gênero, por exemplo, não significará necessariamente ter uma identidade homossexual, não ocorrendo necessariamente uma correlação positiva entre esses fatores da identidade sexual.
Tem-se vivenciado na realidade e na pesquisa, a idéia de que a sexualidade da mulher é relativamente fluida, termo ainda não consensual, mas que se utiliza para referir mudanças longitudinais na identidade sexual, nas atrações e nos comportamentos das mesmas, como afirma Lisa Diamond. Por conseguinte, podemos afirmar que as mulheres tem uma tendência para mudar suas atrações sexuais ao longo do tempo. È importante ressaltar que Lisa Diamond explora este conceito da fluidez na identidade sexual citando quatro estudos longitudinais sobre a orientação sexual, enquanto enfatiza a necessidade paralela de estudos prospectivos, pois os que estão disponíveis, por não serem feitas avaliações que permitam uma comparação de dados de evolução nas dimensões da orientação sexual, tem pouca evidência empírica.
A criação dos modelos de desenvolvimento do coming-out levou à idéia de uma sequência linear de estágios que presumem que uma vez desenvolvidos determinadas atitudes, assumindo-se para si e para os outros como homossexuais, não há mais alterações – o que não está em concordância com alguns estudos do desenvolvimento da orientação sexual da mulher, em que a primeira identidade sexual não é a última e definitiva. Podemos inserir então, os estudos de Diamond sobre a fluidez da sexualidade da mulher, sendo um campo ainda muito vasto para a investigação e questionamentos.
Dentro dos estudos com amostras de mulheres, a autora a afirma que embora as atrações sexuais pareçam bastante estáveis, as identidades e os comportamentos são bem mais fluidos e diversificados.
Outro aspecto importante que devemos abordar é que num processo de desenvolvimento multidimensional como é a orientação sexual, temos evidências de existirem diferenças de gênero em alguns estudos, mas não é consenso. Para exemplificar tais estudos, podemos citar Herdt e Boxer (2000), com uma amostra de 202 jovens (27% do sexo feminino). Os rapazes demonstraram um início mais precoce dos comportamentos homossexuais, cerca de dois anos mais cedo que as moças, apresentando portanto diferenças estatisticamente significativas. As mulheres têm uma maior probabilidade de ter experiências sexuais heterossexuais antes de ter experiências com o mesmo sexo. Estes autores concluíram sobre a existência de diferenças de gênero na sequência desenvolvimental, mas limitaram tal afirmação aos comportamentos sexuais heterossexual ou homossexual a ocorrer em primeiro lugar. Esse estudo é importante, pois aborda um assunto relacionado à sexualidade que gera discórdia entre alguns pesquisadores, favorecendo assim, mas um estudo para incrementar tais discussões. Além do mais, instigar à saber o porquê – se for comprovado essa teoria -do amadurecimento de comportamentos homossexual dos rapazes em comparação ao moças.
As relações das pessoas consigo e os seus amores são certamente determinadas por muitas dimensões, influenciadas pelo meio, mas predispostas biologicamente, assim, na sua subjetividade individual, não serão separadas de um contexto social de inserção. Portanto, a tolerância em relação à opção sexual dos outros deve ser uma característica marcante na sociedade como um todo, pois formas estereotipadas e preconceituosas só proporcionam o afastamento e a desunião das pessoas.

Referência: Almeida, J. e Cavalheira, A (2007). Flutuações e diferenças de gênero no desenvolvimento da orientação sexual: Perspectivas teóricas. Análise Psicológica