Crônica de Marcelo Rubens Paiva discorre de forma leve e divertida sobre a vida de solteiro na cidade grande. Clique aqui para ler.
Categoria: Relações intergrupais
II: Seminários abertos sobre Estereótipos, Preconceitos e Exclusão Social: Tolerância e Intolerância no futebol
Artigo publicado: Low-income LGBT People
Título: Naming Our Reality: Low-income LGBT People Documenting Violence, Discrimination and Assertions of Justice
Autores: Michelle Billies, Juliet Johnson, Kagendo Murungi, and Rachel Pugh
Periódico: Feminism Psychology 2009;19 375-380
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Artigo publicado: Social Identity Complexity
Título: Antecedents and Consequences of Social Identity Complexity: Intergroup Contact, Distinctiveness Threat, and Outgroup Attitudes
Autores: Katharina Schmid, Miles Hewstone, Nicole Tausch, Ed Cairns, and Joanne Hughes
Periódico: Personlity and Social Psychology Bulletin 2009;35 1085-1098
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Estereótipos e anedotas: conta a lenda
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou
haver um ladrão tentando levar seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o, quando este tentava pular o muro com os patos, disse-lhe:
– Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos
bípedes palmípedes, mas, sim, pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei, com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
– Dotô, resumino, eu levo ou deixo os pato?
Resenha: Imagens e estereótipos do Brasil em reportagens de correspondentes internacionais
Yasmin Oliveira
Ivan Paganotti é jornalista freelancer formado pela Universidade de São Paulo e professor de Jornalismo no Colégio Stockler. O artigo “Imagens e estereótipos do Brasil em reportagens de correspondentes internacionais” baseia-se nas pesquisas para o seu Trabalho de Conclusão de Curso de Comunicação Social “Uma certa libertinagem, muito carnaval e um pouco de pecado O Brasil dos correspondentes internacionais”.
A partir da revisão de literatura, o autor explica que as impressões estrangeiras são fontes da identidade pessoal de um país. É evidente que os meios de comunicação de massa se encarregam de transmitir, difundir e criar estereótipos a respeito das mais diversas categorias sociais, sobretudo através dos jornais, da rádio, da televisão e do cinema.
A pesquisa de Paganotti propõe que, através das produções dos correspondentes internacionais, entre o período de 2002 e 2005, é possível identificar as imagens coletivas referentes ao Brasil, e os estereótipos freqüentemente utilizados para representar a identidade brasileira. O artigo aborda as estratégias de construção, reprodução e transformação destes estereótipos.
O material divulgado, pelo meio jornalístico, no caso, correspondentes internacionais, é um fator que influencia a própria construção do imaginário coletivo estrangeiro sobre o país. Esse processo implica uma categorização e uma conseqüente simplificação sobre os temas e os locais que tratam.
Essa simplicidade é, em certo nível, vantajosa, para os correspondentes, pois não é possível um aprofundamento temático devido ao curto tempo e espaço que dispõem. Ainda mais ao se pensar em notícias internacionais que se encontram mais distantes da realidade dos espectadores.
Além de fazer parte desse processo de criação dos estereótipos, o material publicado através dos correspondentes internacionais, freqüentemente, reproduz os estereótipos existentes.
Levando em consideração os processos de estereotipia, o autor do artigo separou os textos em quatro grupos de “Brasis”: o “de sangue”; o “de lama”; o “verde”; e o “de plástico”.
O Brasil sangrento foi o grupo de notícias mais encontrado nos jornais, tem como foco a violência, o tráfico de drogas, a insegurança generalizada e a impunidade. É importante ressaltar que costumam vir atrelados a justificativas estruturais, como omissão governamental, pobreza e exclusão social.
Em segundo lugar quanto ao aparecimento, está o Brasil de lama. Comumente associado a idéia da violência, mas tendo como foco os textos que acusam a corrupção política, o subdesenvolvimento e a pobreza.
O Brasil verde apesar de ser o mais antigo grupo de representação do país foi ao longo da história sendo remodelado e além de trazer a já conhecida exótica Amazônia com sua importância ecológica, a apresenta como uma “terra sem lei” e da depredação ambiental.
O Brasil de plástico é o mais otimista, com caráter propagandístico de exportação, neste grupo encontram-se as notícias das festas, liberdade sexual, dos negócios e da alta sociedade. Um caráter interessante dos estereótipos é que, muitas vezes, sua amplitude alcança os próprios alvos, no caso os brasileiros, que, além de assimilarem o Brasil das festas e a esperança do futuro passam a agir de acordo com essas informações.
Em sua pesquisa, Paganotti, se preocupou em identificar os textos que procuravam reproduzir os estereótipos, assim como, os que buscavam transformá-los. Segundo o autor, o jornal é um local adequado para a valorização dessas modificações. Mas o observado por ele foi um nível de repetição incrivelmente superior às transformações dos estereótipos.
O artigo termina com uma espécie de alerta para os interesses particulares que regem essas perpetuações, e inclusive algumas das transformações que são feitas. Estes interesses são, normalmente, de fins mercantis. Mas como o autor deixa claro, os estereótipos não são criados e reproduzidos unicamente para este fim, mas, também, não é possível negá-los.
Os resultados da pesquisa apontam para uma predominância dos estereótipos de cunho negativo. Uma possibilidade para a insistência na perpetuação destes estereótipos descritos é o interesse dos que transmitem as notícias (sejam a própria instituição jornalística, o público alvo – os leitores, ou interessados dos mais diversos) em de alguma forma minimizarem a importância do país. O Brasil verde não tem competência para administrar seu patrimônio ecológico, o Brasil de lama vive uma situação de omissão do poder e incapacidade dos pobres, e o Brasil sangrento em estado de insegurança constante. E por outro lado existe o interesse em vender outro Brasil, o de plástico, pais do futuro e das festas carnavalescas e da sexualidade a flor da pele.
Todos esses “Brasis” e estatísticas trazidas pela pesquisa são interessantes para se refletir sobre o porquê dessas representações da identidade brasileira. Discussão esta compatível com o trazido por Paganotti na sua revisão de literatura: os estereótipos baseiam-se em relações afetivas, dizem, portanto, menos sobre a realidade e mais sobre como é tratado.
Corroborando com Paganotti, Gomes (2007) afirma que “o jornalismo é uma construção social que se desenvolve numa formação econômica, social, cultural particular e cumpre funções fundamentais nessa formação”. Para a mesma, a notícia é uma construção e jamais uma representação precisa da realidade. Dessa forma, conclui-se que o processo de produção da notícia inclui o conhecimento das áreas temáticas de cobertura noticiosa; o conhecimento das expectativas dos receptores; e os interesses vigentes na sociedade de publicação.
Referências:
Paganotti, I. Imagens e estereótipos do Brasil em reportagens de correspondentes internacionais. RUMORES – Revista Online de Comunicação, Linguagem e Mídias 1, 1, 2007.
Gomes, I. M. Questões de método na análise do telejornalismo: premissas, conceitos, operadores de análise. ECOMPOS – Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, 4-31, 2007.
Resenha: o brasileiro, o racismo silencioso e a emancipação do afro-descendente
Gilcimar Dantas
A expressão do preconceito racial no Brasil é um fenômeno difícil de ser compreendido, percebido e, portanto, enfrentado. Isto se dá por conta dos seus mecanismos subliminares que encontram suporte na cordialidade dando a impressão de que não há racismo neste país, levando à conclusão de que não se deve adotar nenhum tipo de postura frente a tal situação. Segundo o autor, em uma pesquisa realizada pelo Datafolha, em 1996, 89% dos brasileiros afirmaram que existia racismo no Brasil, entretanto apenas 10% admitiram esse racismo como seu, apesar de serem unânimes ao admitirem que o racismo é percebido em outras pessoas. Sendo assim, neste campo extremamente confuso, se torna altamente difícil a concretização de medidas que contribuam para a mudança desse quadro. Por conta disso, a população negra acaba tendo dificuldades em construir uma identidade positivamente afirmada que culminaria no engajamento em políticas com o objetivo de melhoria de sua condição social.
Tendo como referência as situações acima citadas, o autor busca investigar alguns processos presentes na construção da identidade do negro brasileiro partindo de algumas experiências vividas por três mulheres de uma família negra. Essas três pessoas possuem aparências diferentes no que tange o gradiente de cor, sendo consideradas anteriormente uma delas como morena, outra como morena e a última como parda. Não obstante, devido a episódios de discriminação racial e à participação em grupos de militância elas passaram a se enxergar como negras independente da tonalidade mais escura ou mais clara de pele.
Segundo o depoimento de membros dessa família, os filhos quando eram crianças não ouviam falar de preconceito racial e quando esses assuntos viam à tona eram tratados de maneira jocosa. Para o autor, essa forma de lidar com o preconceito é algo comum na sociedade, entendendo que a melhor maneira de lidar com racismo é o silêncio e que o termo moreno, palavra arraigada na cultura brasileira, é uma forma politicamente correta de se referir ao negro, que tem como função a fuga de uma realidade de discriminação levando esse indivíduo a se identificar com símbolos ligados ao grupo dominante.
Dentre os espaços favoráveis às distorções dos referenciais da comunidade negra está a escola, a qual é um microcosmo da sociedade que rodeia a criança, reproduzindo de maneira subliminar uma imagem caricatural do negro, estimulando os estereótipos de submissão do afro-descendente. Tudo isso apoiado numa visão de mundo eurocêntrica que cria um processo pedagógico que leva a pessoa negra a não reivindicar os seus referenciais culturais e seus interesses políticos e sociais. Além disso, os padrões de beleza derivados da estética branca são usados como referência correta e positiva em contraposição a uma estética negra considerada primitiva, menor e exótica.
Uma das mulheres entrevistadas afirma que se esfregava muito quando começou a tomar banho sozinha pois achava que a cor da sua pele era sujeira. Outra disse que na época da escola foi ridicularizada por seus amigos e seu namorado. Assim, essas mulheres buscavam se aproximar ao máximo dos padrões de indivíduos considerados brancos. Neste contexto, as pessoas negras tendem a internalizar valores desqualificados sobre si mesmas e nunca se sentindo satisfeitas com os seus êxitos, pois jamais conseguirão atingir o ideal branco.
De todo modo, essa pessoa tomando consciência da desvalorização a qual esta submetida, ela pode fazer um movimento contrário ao que está estabelecido assumindo uma postura de valorização de suas características culturais e raciais. Essas experiências são, normalmente, conflitivas, pois afrontam uma maneira de ver o mundo e a si mesma levando-a a um questionamento sobre uma realidade de rejeição difícil de ser negada e que, por sua vez, a leva a uma ruptura com todo um mundo simbólico. Após essa ruptura, o individuo passa a desenvolver uma nova estrutura com referenciais em matrizes africanas, voltando-se ao engajamento em organizações que buscam estratégias de combate ao racismo e em movimentos que valorizam a cultura negra.
O autor chama à atenção ao fato de as pessoas que adotam a militância como modo de vida tenderem a desenvolver uma identidade apoiada em procedimentos de vedamento e exclusão que resultam na repetição do terreno que elas mesmas se decidiram modificar. De qualquer forma, ele considera importante a presença de pessoas negras em movimentos de militância
Mas é importante estar atento também à importância de reivindicações de especificidades á comunidade negra exatamente por conta da exclusão em esferas da sociedade aonde os brancos são a maioria ou, até mesmo, a totalidade. Nestes contextos, quando se tenta delimitar um espaço no intuito de que a presença e o direito dessas pessoas sejam garantidos, muitos costumam dizer que está havendo racismo ao revés. Na verdade, não é disso que se trata, mas sim de uma necessidade de garantir que coisas se concretizem em um espaço aonde os negros sofrem de uma imensa desvantagem. De toda sorte, não existem subsídios políticos, financeiros e ideológicos para se reproduzirem um terreno tal qual ele se encontra, sendo que forma contrária, por parte dos negros.
Para o autor, o afro-descendente passa a abandonar ideologias simplificadoras, reconhecendo as impressões anteriores sobre negritude como românticas e idealizadas, havendo uma decepção com os grupos radicais e passando a participar de grupos mais envolvidos seriamente com o combate à discriminação e de valorização das matrizes africanas. Neste sentido, a pessoa passaria a ter atitudes mais abertas e menos defensivas nas quais, além de manter relações com outras pessoas negras, construiria relacionamentos significativos com outros indivíduos não-negros respeitando as auto-definições destes. Poderá, também, participar de coalizões com outros membros de grupos organizados a respeito de outros pontos de vista. A partir de então, referências de raça e africanidade passam a ser questões de grande importância na vida dessa pessoa. Uma das mulheres entrevistadas, nesse sentido, afirma que agora é negra, não precisa mais lutar contra isso e que, não nasceu negra, se tornou negra.
Para Ferreira, um processo histórico, no Brasil, articulado a um projeto de modernidade apoiado cientificamente desenvolveu meios que acabam por deslegitimar o africano, juntamente com o mito da democracia racial que tende a negar esse fato. Mas, de qualquer forma o que foi apresentado no então trabalho também apresenta mecanismos que tornam possíveis uma reversão desse quadro. Sendo assim, se fazem necessários o debate sobre preconceito e discriminação na escola sob uma ótica mais abrangente, a participação em grupos de militância com objetivos políticos e culturais e fomentos dessa discussão na academia através de estudos voltados à questão do afro-descendente.
Por fim, o autor conclui ser importante que a pessoa branca não negue as sua raízes culturais africanas e indígenas, assim como o negro não negue as sua raízes européias e indígenas, pois esta é uma luta do brasileiro que é culturalmente negro, branco e indígena.
Isso é, de fato, relevante, mas é necessário se ter a sensibilidade para o foco num referencial ancestral o qual o indivíduo negro possa se sentir pertencente, ter um passado do qual deva se orgulhar e construir a sua identidade para não cair em um discurso que afirma que todos são miscigenados e que, por sua vez, não faz sentido reivindicar direitos a um grupo racial específico.
Referência: Ferreira, R. F. (2002). O brasileiro, o racismo silencioso e a emancipação do afro-descendente. Vol. 14 (1): 69-86.
Foto do dia: Racism Kills
Racism Kills, originally uploaded by lee.ekstrom.
Manifesto do Fumantes Unidos: contra o preconceito e o desrespeito
Basta de execração! O Brasil tem entrado na onda anti-tabagista que ocorre no mundo disposto a “dar exemplo”… como se não tivesse problemas muito mais graves para resolver! Em vez de buscar essa condição exemplar por meio do respeito mútuo entre as partes da sociedade, por educação e pelo respeito pleno à organização do Estado Democrático de Direito, vemos entidades, governantes e seus subalternos propondo políticas absurdas, baseadas na ridicularização e na criação de inconveniências e desvantagens para uma parcela de aproximadamente um terço da população. Em questão de poucos anos, os fumantes passaram a ser o mal da humanidade e o principal problema de saúde pública do país — quanta hipocrisia!
A atual organização social baseada na economia de capital criou artificialmente uma demanda pelo indivíduo perfeito. A pessoa ideal para esse mundo é completamente dedicada ao trabalho e ao consumo: deve ter aparência impecável para se apresentar bem aos outros clientes e consumidores; deve ter uma saúde perfeita para não criar custos ou interrupção da produção da empresa; deve demonstrar jovialidade e dinamismo por meio de atividades físicas constantes; deve ter uma atitude impecável e livre de qualquer coisa que possa se configurar como um desvio de personalidade ou como um prazer inútil, ou seja, que não gere benefícios para essa sociedade ideal. A não-adequação do indivíduo a tais requisitos deve ser combatida a todo custo, com propaganda, repressão empregatícia, discriminação social.
Não por acaso, essa nova forma de eugenia, essa busca pelo “indivíduo perfeito”, máquina de trabalho e consumo, assemelha-se com a busca pela raça ariana na Alemanha nazista. É graças a ela que vemos garotas morrendo de anorexia e rapazes intoxicados com anabolizantes veterinários, em tentativas inúmeras de se assemelhar aos modelos de beleza estereotipados. Por isso que vemos pessoas gastarem fortunas e saúde em dietas, academias e cirurgias plásticas para se adequar aos requisitos de boa aparência e jovialidade. Empresas vêm negando vagas de trabalho a pessoas com base nas atividades e hábitos que elas têm *fora* do ambiente de trabalho.
É da mesma forma nazista que vem sendo feita uma verdadeira cruzada contra o tabagismo, hábito secular da humanidade que desde os anos 70 passou a ser considerado contra-producente e prejudicial à sociedade. Em vez de combater o fumo, entidades e governos promovem o combate aos fumantes. Em saraivadas de proibições, legislações desrespeitosas e ações travestidas de preocupação com a saúde pública, pessoas que não cometem qualquer crime ou desvio de ética estão sendo discriminadas, ridicularizadas, impedidas de exercer livremente seus direitos e escolhas, e até mesmo ofendidas, agredidas e espancadas — simplesmente pelo fato de fumar. Em uma ciranda de interesses pouco debatidos e divulgados, aponta-se o dedo contra aproximadamente um terço da população mundial, acusando-se que tais pessoas prejudicam a saúde coletiva e custam caro aos governos. Pesquisas distorcidas são apontadas como provas científicas irrefutáveis, governos elevam os impostos a níveis estratosféricos, criam-se imposições ao comércio e restrições à liberdade de tais cidadãos. A Organização Internacional do Trabalho, filiada à ONU, concluiu recentemente que os preconceitos tradicionais no mundo trabalhista — contra mulheres, homossexuais e negros, por exemplo — vêm diminuindo, mas novas formas de preconceito estão surgindo com igual força. Principalmente contra obesos e fumantes.
O propósito do FumantesUnidos.org e de quaisquer entidades associadas a ele é dar um BASTA na evolução dessa nova forma de preconceito e nas mentiras que são usadas para justificá-lo. Todos os indivíduos que são fumantes ocasionais ou regulares o são por decisão de cunho estritamente pessoal e são conscientes dos riscos que correm. Nem por isso são cidadãos inferiores, criminosos ou irresponsáveis como se vem tentando divulgar. São, acima de tudo, pessoas dignas de respeito, que também têm direitos, e não há qualquer evidência incontestável de que tais pessoas são de fato um risco ou um custo a mais para a sociedade. Ao passo que não fumar, ativa ou passivamente, também é uma decisão pessoal que deve ser rigorosamente respeitada, é plenamente possível a convivência pacífica, digna, saudável e humana entre fumantes e não-fumantes — algo que, pelos já citados interesses diversos, não tem sido buscado por governos e entidades que se dizem respeitosos dos direitos humanos. Daí a necessidade da manifestação do outro lado, que este site busca representar com o apoio de fumantes e de não-fumantes que, com bom senso, acreditam que a cruzada anti=tabagista já passou das fronteiras do respeito e da coerência.
Mais além, neste site também alertamos sobre os riscos e as desvantagens que o hábito de fumar pode trazer aos indivíduos, bem como apontamos dicas e entidades de apoio para quem deseja parar de fumar. Mas acima de tudo promovemos o respeito às vontades, preferências e decisões do indivíduo. Ao mesmo tempo apresentamos conteúdo inédito e de interesse de quem não quer parar de fumar, ou de quem deseja conhecer melhor e até se iniciar neste hábito que é, não obstante, um prazer, tal como a degustação de bebidas ou pratos sofisticados. Também estaremos atentos e críticos a outras formas de preconceito, como a que já vem sendo configurada contra os obesos.
Se você não concorda com o que é apresentado e discutido neste site, também há uma seção de links que inclui entidades de combate ao fumo. Não perca seu tempo tentando nos ofender — isso apenas vai servir de mais munição para que comprovemos a agressividade e o desrespeito que sofremos e combatemos.
Fonte: Fumantesunidos.org
Artigo publicado: Relationships Between Authoritarianism and Support for Military Aggression
Título: Nationalism, Internationalism, and Perceived UN Irrelevance: Mediators of Relationships Between Authoritarianism and Support for Military Aggression as Part of the War on Terror
Autor: H. Michael Crowson
Periódico: Journal of Applied Social Psychology, 39, 5,2009, 1137-1162
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