Estereótipos e rock’n’roll: No alto do castelo há uma linda princesa…

Contribuição: Marcus Vinicius Alves

Há algum tempo um texto vem sendo passado por e-mails e cooperativamente sendo construido por fãs do rock em suas mais variadas vertentes; no texto uma história como em um conto de fadas é iniciada e o seguimento até o desfecho se dá diferente em cada estilo do rock e do metal, ajudando a entender a forma estereotipada com que cada um é visto no meio do rock’n roll.

“No alto do castelo, há uma linda princesa – muito carente – que foi ali trancada, e é guardada por um grande e terrível dragão”…

HEAVY METAL:

O protagonista chega no castelo numa Harley Davidson, mata o dragão, enche a cara de cerveja com a princesa e depois transa com ela. Posteriormente se separam quando ela descobre que ele transou com uma groupie.

METAL MELÓDICO:

O protagonista chega no castelo num cavalo alado branco, escapa do dragão, salva a princesa, fogem para longe e fazem amor.

POWER METAL:

O protagonista chega brandindo sua espada e trava uma batalha gloriosa contra o dragão. O dragão sucumbe enquanto ele permanece em pé, banhado pelo sangue de seu inimigo, sinal de seu triunfo. Resgata a princesa. Esgota a paciência dela com auto-elogios e, caso ainda esteja acordada, transa com ela.

FOLK METAL:

O protagonista chega acompanhado de vários amigos e duendes tocando acordeon, alaúde, viola e outros instrumentos estranhos. Fazem o dragão dormir depois de tanto dançar, e vão embora, sem a princesa, pois a floresta está cheia de ninfas, elfas e fadas.

VIKING METAL:

O protagonista chega em um navio, mata o dragão com um machado, assa e come. Estupra a princesa, pilha o castelo e toca fogo em tudo antes de ir embora.

DEATH METAL:

O protagonista chega, mata o dragão, transa com a princesa, mata a princesa e vai embora.

BLACK METAL:

Chega de madrugada, dentro da neblina. Mata o dragão e empala em frente ao castelo. Sodomiza a princesa, a corta com uma faca e bebe o seu sangue em um ritual até matá-la. Depois descobre que ela não era mais virgem e a empala junto com o dragão.

WHITE METAL:

Chega no castelo, exorciza o dragão, converte a princesa e usa o castelo para sediar mais uma “Igreja Universal do Reino de Deus”.

NEW METAL:

Chega no castelo se achando o melhor de todos, dizendo o quanto é bom de briga. Quer provar para todos que também é o cara e é capaz de salvar a princesa. Acha que é capaz de vencer o dragão; perde feio e leva o maior cacete. O protagonista New Metal toma um prozak e vai gravar um disco “The Best Of”.

GRUNGE:

Chega drogado, escapa do dragão e encontra a princesa. Conta para ela sobre a sua infância triste. A princesa revela ser a sua mãe que o abandonou às drogas anos antes. O protagonista grunge sofre uma overdose de heroína.

ROCK N’ROLL CLÁSSICO:

Chega de moto fumando um baseado e oferece para o dragão, que logo fica seu amigo. Depois acampa com a princesa numa parte mais afastada do jardim – o dragão pede para não o ver mais por divergências musicais – e depois de muito sexo, drogas e rock n roll (com a princesa e o dragão, se ele aparecer), tem uma overdose de LSD, morrendo sufocado no próprio vômito.

PUNK ROCK:

Cospe no dragão, joga uma pedra nele e depois foge. Pixa o muro do castelo com um “A” de anarquia. Faz um moicano na princesa e depois abre uma barraquinha de fanzines no saguão do castelo.

EMOCORE:

Chega ao castelo e conta ao dragão o quanto gosta da princesa. O dragão fica com pena e o deixa passar. Após entrar no castelo ele descobre que a princesa fugiu com um outro protagonista qualquer. Escreve uma música de letra piegas contando como foi abandonado pela sua amada, como o mundo é injusto e como é melhor se matar.

PROGRESSIVO:

Chega, toca um solo virtuoso de guitarra de 26 minutos. O dragão se mata de tanto tédio. Chega até a princesa e toca outro solo que explora todas as técnicas de atonalismo em compassos ternários compostos aprendidas no último ano de conservatório.

HARD ROCK:

Chega em um conversível vermelho, com duas loiras e tomando Jack Daniel’s. Mata o dragão com uma faca e faz uma orgia com a princesa e as loiras.

HARDCORE

Chega de skate, organiza um protesto em frente ao castelo contra a ditadura dos dragões. Sobe na torre, transa com a princesa e grava um álbum com 25 faixas de 2 minutos cada descendo o pau no governo, finaliza com um mosh da torre mais alta.

GLAM ROCK:

Chega no castelo. O dragão rí tanto quando o vê que o deixa passar. Ele entra no castelo, rouba o hair dresser e o batom da princesa. Depois a convence a pintar o castelo de rosa e a fazer luzes nos cabelos.

GOTHIC METAL

Chega no castelo e monta uma banda com a princesa e o dragão fazendo vocais líricos e guturais respectivamente.

INDIE ROCK:

Entra pelos fundos do castelo. O dragão fica com pena de bater em um nerd franzino de óculos e deixa ele passar. A princesa não aguenta ouvir ele falando de moda e cinema, e foge com outro protagonista qualquer (ou um protagonista de axé).

NEW WAVE

Ao chegar no castelo mata o dragão e doa toda a sua carne às familias pobres da África. Canta “Age of Aquerious” de mãos dadas com a princesa.

Estereótipos e música: a baiana e a carioca

Contribuição: Clara Vasconcelos, Daiana Nogueira e Elisa Maria

É muito comum encontrar canções, de qualquer gênero musical, recheadas de estereótipos. Tais estereótipos reafirmam crenças compartilhadas acerca de atributos, comportamentos e personalidade de determinados gêneros, raças, nacionalidades, além de afirmar diferenças entre pessoas de diversas regiões do país. Por ser a esteriotipização um processo de simplificação cognitiva, a amplitude e diversidade de vários locais do páis acabam por ser reduzidas a certos fatos, que não necessariamente representam o que as pessoas que vivem naquele local são, acreditam ou fazem em seus cotidianos.
A seguir, temos claros exemplos desta estereotipização:

Estereótipos e música: garota de Ipanema

Contribuição: Janielly Braz

Tom Jobim e Vinicius de Moraes imortalizaram, principalmente no exterior, o estereótipo da mulher brasileira. Uma mulher que demostra sua sensualidade em tudo o que faz, que possui um jeito de andar marcante, chieo de luz e graça. Esse samba fez com que a Garota de Ipanema virasse uma palavra mágica para os estrangeiros.

Estereótipos e música: no reggae

Contribuição: Ailton Araujo & Lucas Carneiro


Existe um estereótipo bastante pejorativo em relação às pessoas que curtem o reggae , pois os regueiros são visto como usuários de maconha.

Artigo publicado: Young People’s Self-Expression Through Musical Preference

Título: Social Identity on a National Scale: Optimal Distinctiveness and Young People’s Self-Expression Through Musical Preference

Autor: Dominic Abrams

Periódico: Group Processes & Intergroup Relations 2009 12: 303-317

Resumo: clique aqui para obter

Estereótipos e música: hard to handle

Contribuição: Marcus Vinicius Alves

Baby here I am and I’m a man upon the scene

I can give you what you want, but you got to come home with me
I got a whole lot of good ole loving and I got some in store

When I get through throwin’ it on to you got to come back for more

Boys and things will come by the dozen

Ain’t nothin’ but drug store love
Pretty little thing let me light your candle

Cause mama I’m sure hard to handle, now yes I am.

Action speaks louder than words and I’m a man with great experience

I know you got another man, but I can love you better than him
Take my hand, don’t be afraid I’m gonna prove every word I say

I’m advertising love for free so won’t you place your ad with me?

Boys and things will come by the dozen

Ain’t nothin’ but drug store love
Pretty little thing let me light your candle

Give it to me baby, I got to have it, some of your love
It’s all I need, early in the morning, late in the evening.

Estereótipos e música: black metal

Contribuição: Lucas Carneiro & Ailton Araujo

Este é sub-genero do subgênero da contra cultura do heavy metal. O black metal são caracterizados por uma indumentaria preta, gótica e uso Corpse paint .
De estilo é extremamente sombrio, cru e agressivo e incorpora em suas letras temas como o satanismo e o paganismo (em particular a mitologia nórdica). Um estilo onde o extremismo pode ser percebido tanto na sonoridade – ríspida e crua – quanto nas letras: anticristãs, em alguns casos Neo-Nazistas e movimentos de queimas de igrejas católicas . Qual seria a sua atitude ao ver um intregrante desse movimento “no meio da rua”?

Estereótipos e música: atitude

Estereótipos na música: dar picolé na merenda, viver bem civilizado.

Menina Jesus, canção de Tom Zé, lançada em 1978 pela gravadora Continental, reflete o estereótipo de quem vai tentar sobreviver no grande Eldorado.

Fonte: Tom Zé Correio da estação do Brás (1978) Discos Continental Gravações Elétricas Ltda.
Atualizado para a aula do dia 26/03/2009 (FCH391)

Estereótipos e música: xô satanás

Atualizado para a aula do dia 19/03/2009 (FCH391)