Contribuição: Clara Vasconcelos, Daiana Nogueira e Elisa Maria
É muito comum encontrar canções, de qualquer gênero musical, recheadas de estereótipos. Tais estereótipos reafirmam crenças compartilhadas acerca de atributos, comportamentos e personalidade de determinados gêneros, raças, nacionalidades, além de afirmar diferenças entre pessoas de diversas regiões do país. Por ser a esteriotipização um processo de simplificação cognitiva, a amplitude e diversidade de vários locais do páis acabam por ser reduzidas a certos fatos, que não necessariamente representam o que as pessoas que vivem naquele local são, acreditam ou fazem em seus cotidianos.
A seguir, temos claros exemplos desta estereotipização:
O ilusório estereotipo do sucesso brasileiro cauterizado na pessoa de Carmem Miranda, foi um subproduto da relação politica Brasil e Estados Unidos durante a segunda guerra mundial, aonde em troca de fama e a projeção global, agregou-se como efeito colateral, à mulher brasileira, estereótipos pejorativos como: futilidade, docilidade e sensualidade em excesso.
E, assim, o “filtro cognitivo” promovido pelos estereótipos, quando negativo, modela as relações interpessoais na direção do preconceito e rivalidade até mesmo entre os próprios brasileiros, por exemplo. Desse modo, quem comete uma burrice em São Paulo, na verdade, cometeu uma “baianada”; e, aqui na Bahia, carioca é boçal e paulista “se acha!”.
Estes estereótipos, apesar de representarem uma percepção limitada da personalidade e comportamento do baiano e do carioca, têm o poder de incrementar o turismo nestas capitais. Todos quererem conhecer o que é amplamente retratado por estas famosas canções da Música Popular Brasileira. É inegável, portanto, apesar do reducionismo dos estereótipos, alguns de seus possíveis benefícios.
Os estereótipos desencadeiam uma imagem generalista de uma grupo de pessoas através de um membro do grupo. Favorecendo assim, preconceitos e opiniões que não condizem com a realidade.