Desenvolvida inicialmente por Muzafer Sherif, defendia o argumento de que a competição por recursos escassos pode levar à discriminação e favorecer o desenvolvimento de relações de natureza antagônica entre os grupos. Acentuava, no entanto, que se fossem criadas condições capazes de propiciar a interdependência positiva entre os grupos, poder-se-ia esperar a formação de atitudes mais positivas, assim como comportamentos menos discriminatórios entre os membros dos vários grupos. Desde a sua origem, a teoria realista do conflito, apesar de ter obtido um amplo suporte empírico, parece falhar em um ponto essencial: não se pode admitir que o conflito de interesses entre os grupos deve ser uma condição absolutamente necessária e indispensável para o surgimento dos preconceitos e da discriminação intergrupal
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Conceitos fundamentais: preconceitos e discriminação
A noção de preconceito se refere a uma atitude injusta e negativa em relação a um grupo ou a uma pessoa que se supõe ser membro do grupo. O conceito de discriminação, apesar de literalmente significar ‘tratar alguém de uma forma diferente’, pode ser definido como um comportamento manifesto, geralmente apresentado por uma pessoa preconceituosa, que se exprime através da adoção de padrões de preferência em relação aos membros do próprio grupo e/ou de rejeição em relação aos membros dos grupos externos.
Fonte: Marcos E. Pereira. Psicologia Social dos Estereótipos. São Paulo: EPU, 2002
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