Desenvolvida inicialmente por Muzafer Sherif, defendia o argumento de que a competição por recursos escassos pode levar à discriminação e favorecer o desenvolvimento de relações de natureza antagônica entre os grupos. Acentuava, no entanto, que se fossem criadas condições capazes de propiciar a interdependência positiva entre os grupos, poder-se-ia esperar a formação de atitudes mais positivas, assim como comportamentos menos discriminatórios entre os membros dos vários grupos. Desde a sua origem, a teoria realista do conflito, apesar de ter obtido um amplo suporte empírico, parece falhar em um ponto essencial: não se pode admitir que o conflito de interesses entre os grupos deve ser uma condição absolutamente necessária e indispensável para o surgimento dos preconceitos e da discriminação intergrupal