Conceitos fundamentais: heurística da regressão à média

A heurística da regressão à média relaciona-se com o destaque  que ocorre quando o  desempenho de uma pessoa em determinada área de atividade em que ela é especializada foge do padrão.

Conceitos fundamentais: heurística da ancoragem e ajustamento

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A heurística da ancoragem e ajustamento pode ser definida como uma tendência que dificulta a pessoa de modificar o julgamento inicial de forma que este se ajuste às novas informações porventura recebidas.

Conceitos fundamentais: teorias implícitas
Teoria realista do conflito
Heurísticas e vieses
Heurística da acessibilidade
Heurística da representatividade
Esquemas de grupo
Gerenciamento de impressões
Protótipos e exemplares
Correlação ilusória
Avaro cognitivo

Conceitos fundamentais: heurística da acessibilidade

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A acessibilidade é uma heurística que representa uma tendência a julgar a probabilidade, a freqüência ou eficácia causal de um evento com base na facilidade ou na extensão com que o conteúdo pode ser acessado na memória.

Conceitos fundamentais: teorias implícitas
Teoria realista do conflito
Heurísticas e vieses
Heurística da representatividade
Heurística da ancoragem e ajustamento
Esquemas de grupo
Gerenciamento de impressões
Protótipos e exemplares
Correlação ilusória
Avaro cognitivo

conceitos fundamentais: heurística da representatividade

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A heurística da representatividade ocorre nas circunstâncias em que um objeto passa a ser incluído em uma categoria em virtude da extensão com que os seus principais fatores se assemelham ou representam mais uma categoria do que outra. Nesse caso, a pessoa leva em consideração as semelhanças entre dois objetos para inferir que um possui as características daquele ao qual ele se assemelha.

Conceitos fundamentais: teorias implícitas
Teoria realista do conflito
Heurísticas e vieses
Heurística da acessibilidade
Heurística da ancoragem e ajustamento
Esquemas de grupo
Gerenciamento de impressões
Protótipos e exemplares
Correlação ilusória
Avaro cognitivo

Conceitos fundamentais: heurísticas e vieses

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Até meados dos anos 60 e início dos anos 80 os estudos sobre o julgamento e a tomada de decisões estavam inteiramente dominados por uma perspectiva que acentuava o uso extensivo de algoritmos para o julgamento e uma tomada de decisão racional. Uma série de trabalhos, publicados por Amos Tversky e Daniel Kahneman, permitiu o surgimento de um novo programa de investigação, denominado Heurísticas e Vieses, cujo impacto representou uma mudança substancial na maneira pela qual a questão do julgamento humano passou a ser tratado pelos psicólogos sociais. A principal façanha desta nova perspectiva foi a de evidenciar quão o erro, a incerteza e os paralogismos interferem no julgamento humano, sem que seja necessário fazer alusão a qualquer modelo explícito que se fundamente na noção de que a ação humana é motivada por fatores irracionais.
Gilovich e Griffin (2002) indicam que três grandes linhas de influências contribuíram para esta mudança de orientação nos estudos sobre o julgamento humano. Em primeiro lugar, as dificuldades enfrentadas pelos teóricos da teoria da ação racional para explicar os erros de julgamentos cometidos mesmo com o tratamento cuidadoso da informação, que ofereciam indicativos que a avaliação que as pessoas faziam da estimativa de plausibilidade e de risco não se conformavam com as leis da probabilidade. Em segundo lugar, não parecia existir compatibilidade entre as demonstrações teóricas desenvolvidas pelos estudiosos da idéia de tomada de decisão racional e aquilo que se observa nas demonstrações empíricas conduzidas pelos estudiosos do campo. Enfim, um terceiro grande fator que contribuiu para a mudança de orientação nos estudos foi o impacto exercido por três linhas de investigação, uma empírica, representada pelos estudos desenvolvidos por Paul Meehl em meados dos anos 50 e que demonstraram que comparativamente profissionais especializados não faziam necessariamente um melhor julgamento que aqueles conduzidos de forma heurística, uma metodológica, representada pela introdução por Ward Edwards de procedimentos de análise bayesianas no âmbito da psicologia do julgamento e, por fim, uma teórica, representada pelas contribuições de Herbert Simon com a introdução do conceito de racionalidade mitigada e pelo entendimento de que os limites da mente humana devem ser considerados, de forma que o pressuposto de uma racionalidade plena inerente ao modelo da ação racional não encontra suporte na realidade.

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Conceitos fundamentais: teorias implícitas da personalidade

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O conceito de teorias implícitas da personalidade foi introduzido por Bruner e Taguiri no capítulo sobre a percepção das pessoas que escreveram para a edição de 1954 do Handbook of Social Psychology, organizada por Gardner Lindzey. A suposição central nestas teorias é a de que as pessoas ao se sentirem informadas a respeito dos traços centrais de um indivíduo elaboram uma representação geral a respeito desta pessoa como um todo. Se alguém é reconhecido como uma pessoa tranqüila e calma, possivelmente outras pessoas tenderão a acrescentar que ela também é cuidadosa, metódica e organizada. Isto ocorre porque os traços psicológicos não são vistos como independentes uns dos outros; o fato deles estarem associados de uma forma lógica permite que sejam desenvolvidas inferências a respeito da constelação total de traços que representa melhor aquela pessoa. Esta representação funciona como uma teoria, permitindo explicar as ações do indivíduo e fazer previsões sobre o seu comportamento futuro.
Mais ou menos na mesma época, um importante teórico da personalidade, George Kelly, desenvolveu uma outra modalidade de psicologia implícita, a psicologia dos constructos pessoais (Kelly, 1955), que compartilhava preocupações semelhantes aquelas com as apresentadas por Bruner e Taguiri. O princípio fundamental defendido por Kelly era o de que as pessoas usualmente agem como cientistas e tentam usar a intuição e o raciocínio para entender como as coisas podem ser interpretadas, assim como para elaborar predições sobre o curso futuro dos acontecimentos. Para tal, elas desenvolvem hipóteses e em seguida procuram obter os dados necessários para confirmar ou refutar tais hipóteses e, neste último caso, elas imediatamente alteram as suas teorias pessoais e procuram obter mais dados que podem ou não confirmar esta nova teoria. Para Kelly as pessoas agem como cientistas e procuram constantemente submeter a teste os seus constructos pessoais, entendidos como a estruturas interpretativas capazes de oferecer explicações razoáveis para os eventos que ocorrem com elas mesmas e com as outras pessoas.

Fonte: Marcos E. Pereira. Introdução à Cognição Social. Manuscrito não publicado
Teoria realista do conflito
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Avaro cognitivo

Conceitos fundamentais: gerenciamento de impressões

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A literatura psicosocial aponta duas grandes estratégias usadas para gerenciar a impressão causada aos outros. Uma delas é procura se mostrar da melhor forma possível. Rowatt, Cunningham e Druen (1998) demonstraram que as pessoas que adotam uma estratégia de auto-valorização conseguem mais sucesso na marcação de encontros amorosos do que as pessoas que são mais honestas a respeito de si mesmas. Da mesma forma, um conferencista que é convidado para fazer a abertura de um evento costuma adotar trajes um pouco diferentes daqueles que costuma usar habitualmente. Além isso, ele faz o possível para se mostrar inteligente e informado e considera sempre o uso de recursos eletrônicos e informáticos de última geração para impressionar a platéia. Um bom conferencista sabe que a valorização do interlocutor é tão importante quanto a auto-valorização e ele não evitará ou perderá a oportunidade para fazer com que os outros se sintam bem na sua presença. Assim, ele procurará lisonjear a outra pessoa, seja usando a batida expressão ‘esta é uma excelente pergunta’ ao tentar esclarecer uma dúvida ou responder à pergunta de um interlocutor, seja aludindo à gentileza, à erudição ou à capacidade intelectual dos organizadores do evento e a sua seleta audiência. Concordar com a afirmação do interlocutor ou demonstrar interesse pelo assunto também ajuda muito. Um bom conferencista, no entanto, tem consciência que esta estratégia de valorizar a si mesmo e aos seus interlocutores deve ser gerenciada com muito cuidado, pois se exageradamente aplicada gera um efeito paradoxal e acaba fazendo um estrago considerável na sua própria imagem (Pennington, 2000).

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Notícia do dia: memória de elefante

O portal Terra reproduz matéria da Associated Press, na qual é relatada a curiosa situação de um homem incapaz de esquecer os detalhes mais insignificantes da própria vida. Clique aqui para ler a matéria

Associated Press

Conceitos fundamentais: o ser humano taticamente motivado

Em contraposição à noção de que o ser humano é regido por mecanismos psicológicos preparados prioritariamente para tratar a informação com  menor dispêndio possível de recursos cognitivos, uma outra perspectiva, a do ser humano taticamente motivado enfatiza, em especial, as circunstâncias nas quais esta regra é quebrada e privilegia, como direção de análise, as situações nas quais as pessoas se dedicam a pensar de forma cuidadosa e aprofundada sobre cada uma das peças de informação disponíveis, procurando tratá-las de forma individualizada e não como membros de uma categoria mais geral. Isto não ocorre, evidentemente, em todas as circunstâncias, sendo característico das situações em que o agente cognitivo se encontra motivado ou envolvido afetivamente com alguma particularidade da situação.

Conceitos fundamentais: avaro cognitivo

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Uma metáfora, correspondente a uma determinada concepção a respeito de ser humano, a do avaro cognitivo, expressa inicialmente pelas psicólogas Suzan Fiske e Shelley Taylor (1984), depende da aceitação da premissa que os seres humanos procuram dotar de sentido o mundo e fundamenta uma certa maneira de interpretar a interação entre o ser humano e a realidade social.
A esta metáfora corresponde o entendimento de que o ser humano dispõe de uma maquinaria mental de processamento de informação que está sujeita a determinados limites, tanto na velocidade, quanto na quantidade de informações que é capaz de tratar simultaneamente. Uma análise mais cuidadosa do ambiente exige a avaliação paulatina de cada um dos eventos ocorrido no entorno e de cada uma das unidades de informação encontradas no ambiente social. Como este é essencialmente complexo e multifacetário, seria uma operação extremamente onerosa para o sistema cognitivo atender a cada um dos estímulos presentes no ambiente, donde a estratégia de selecionar uma pequena parcela destes estímulos que podem ser atendidos e desconsiderar a imensa maioria dos elementos presentes no ambiente. Além de desconsiderar uma parcela substancial da informação, o avaro cognitivo trataria de forma bastante superficial a informação a que se dedica, elaborando muito rapidamente inferências a respeito dos estímulos e reduzindo o constante fluxo da informação a unidades discretas, o que favorece a adoção do pensamento categórico e a utilização de atalhos mentais durante as operações de processamento da informação.

Fonte: Marcos E. Pereira. Introdução à Cognição Social. Manuscrito não publicado.
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Protótipos e exemplares
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