O uso de estereótipos na propaganda política é uma constante. O video deste post é um anúncio publicitário de uma partida da seleção de futebol do país basco. O adversário, na publicidade, claro, o Brasil. Times perfilados em campo para o início do prélio, de forma destemida e arrojada adentram em campo um espanhol, um francês e o indefectível, tratando-se de assuntos futebolísticos ibéricos, Manolo do Bumbo. O resultado, claro, propaganda pura.
Categoria: Etnia
Jô x Militantes: o polêmico vídeo
A entrevista é de muito mau gosto. E o entrevistador não está nada a vontade. Tirar água de pedra não é fácil. O entrevistador é um humorista; aliás, um excelente humorista. E como um bom humorista, não perde uma boa oportunidade de fazer piada. Quando as oportunidades se oferecem… o que não foi o caso! Penso que a reação de alguns movimentos sociais foi desproporcional ao fato. Em nenhum momento se observa comentários preconceituosos do entrevistador, embora a entrevista em si seja grotesca e perfeitamente dispensável. Penso que nesta história todos, exceto o entrevistado, cumpriram o seu papel. O entrevistador tentou dar alguma vida a uma entrevista que não funcionou; os movimentos sociais e embaixada de Angola acertadamente se obrigaram a não deixar passar em branco a reiterada expressão de concepções estereotipadas e preconceituosas em um importante programa de televisão. Polêmica à parte, creio que esta questão envolve uma discussão mais ampla: é possível fazer humor, sem ser politicamente incorreto?
Alusão depreciativa aos estrangeiros: uma anedota étnica como exemplo
Há alguns anos atrás um informante português nos relatou uma curiosa anedota. A estrutura da piada é comum ao estilo de um sem número de outras anedotas étnicas e o humor se fundamenta no contraste entre as concepções estereotipadas a respeito de algumas categorias sociais. Uma das formas mais usuais de construção das anedotas étnicas é introduzir um contexto no qual personagens de duas ou mais etnias, nacionalidades, raças ou gênero etc são colocadas em uma mesma situação e a maneira pela qual cada um se defronta com a mesma sugere os estereótipos subjacentes ao grupo.
Num encontro entre Brejnev e Nixon, nos Estados Unidos, o presidente dos EUA mostra a Brejnev a sua coleção de automóveis. Uma enorme coleção com automóveis de todas as marcas famosas desde os mais antigos ate aos modernos. Brejnev fica impressionado.
– E o Sr. presidente, colecciona alguma coisa ? – pergunta-lhe Nixon.
– Ah, nada de especial, colecciono anedotas
– Anedotas ?
– Sim, anedotas que as pessoas contam sobre mim.
– Oh, interessante ! E quantas é que já coleccionou ?
– Dois campos de concentração.