Título:The Leopard Cannot Change His Spots, or Can He? Culture and the Development of Lay Theories of Change
Autor: Li-Jun Ji
Periódico: Personality and Social Psychology Bulletin, 34, 613-622, 2008
Resumo: clique aqui para obter
Título:The Leopard Cannot Change His Spots, or Can He? Culture and the Development of Lay Theories of Change
Autor: Li-Jun Ji
Periódico: Personality and Social Psychology Bulletin, 34, 613-622, 2008
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O conceito de teorias implícitas da personalidade foi introduzido por Bruner e Taguiri no capítulo sobre a percepção das pessoas que escreveram para a edição de 1954 do Handbook of Social Psychology, organizada por Gardner Lindzey. A suposição central nestas teorias é a de que as pessoas ao se sentirem informadas a respeito dos traços centrais de um indivíduo elaboram uma representação geral a respeito desta pessoa como um todo. Se alguém é reconhecido como uma pessoa tranqüila e calma, possivelmente outras pessoas tenderão a acrescentar que ela também é cuidadosa, metódica e organizada. Isto ocorre porque os traços psicológicos não são vistos como independentes uns dos outros; o fato deles estarem associados de uma forma lógica permite que sejam desenvolvidas inferências a respeito da constelação total de traços que representa melhor aquela pessoa. Esta representação funciona como uma teoria, permitindo explicar as ações do indivíduo e fazer previsões sobre o seu comportamento futuro.
Mais ou menos na mesma época, um importante teórico da personalidade, George Kelly, desenvolveu uma outra modalidade de psicologia implícita, a psicologia dos constructos pessoais (Kelly, 1955), que compartilhava preocupações semelhantes aquelas com as apresentadas por Bruner e Taguiri. O princípio fundamental defendido por Kelly era o de que as pessoas usualmente agem como cientistas e tentam usar a intuição e o raciocínio para entender como as coisas podem ser interpretadas, assim como para elaborar predições sobre o curso futuro dos acontecimentos. Para tal, elas desenvolvem hipóteses e em seguida procuram obter os dados necessários para confirmar ou refutar tais hipóteses e, neste último caso, elas imediatamente alteram as suas teorias pessoais e procuram obter mais dados que podem ou não confirmar esta nova teoria. Para Kelly as pessoas agem como cientistas e procuram constantemente submeter a teste os seus constructos pessoais, entendidos como a estruturas interpretativas capazes de oferecer explicações razoáveis para os eventos que ocorrem com elas mesmas e com as outras pessoas.
A teoria da atribuição da causalidade, cujos princípios foram postulados inicialmente por Fritz Heider (1970) nos anos 60, sugere que o ser humano envida todos os esforços necessários para explicar os acontecimentos aos quais presencia e para tal estabelece uma diferenciação entre as causas que podem ser atribuídas à pessoa, as chamadas causas disposicionais, como por exemplo, aos fatores de personalidade, a motivação para realizar alguma coisa, os esforço despendido em uma tarefa, e aquelas que podem ser imputadas à situação, como, por exemplo, o impacto de normas e das expectativas sociais.
A teoria da atribuição da causalidade sustenta-se no entendimento de que as pessoas usam os objetos e eventos presentes no seu universo psicológico para construírem modelos causais, indutivos ou dedutivos, nos quais são estabelecidos relacionamentos entre causas e efeitos.