Contribuição: Laís Marques
Três da tarde. Dois baianos estão encostados numa árvore na beira da estrada.
De repente passa um carro a toda velocidade e deixa cair uma nota de cem reais que sai voando e cai do outro lado da estrada.
Depois de cinco minutos, um baiano fala para o outro:
— Ô, meu rei… Se o vento mudá a gente ganha o dia, oxente!
Parece que o velho estereótipo de baiano preguiçoso persiste. Isso está bastante aliado à imagem do baiano numa rede tomando água de coco. Acredito que os próprios ícones baianos contribuam para esse perpetuação. A exemplo de Caetano Veloso, com seu falar bastante arrastado, sempre citando o quanto ‘A Bahia ééé liiinda”.
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Essa imagem do baiano é péssima. Trabalhei numa empresa com muitos paulistas, e essa ideia de preguiçoso se desdobra para o baiano “ruim de trampo”, por aqui só se faz festa e ninguem gosta de trabalhar, trabalhador mesmo é paulista. Parece que isso ocorre tmabém em congressos cientificos. O que é uma grande injustiça pois o povo aqui pega no pesado, e historicamente, foram os baianos e nordestinos que ergueram a cidade de São Paulo pegando no batente da construção cívil.
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Infelizmente, este estereótipo ainda persiste apesar de sabermos que o baiano trabalha muito e ganha pouco. A mitológica “preguiça baiana” é uma forma de racismo, segundo a tese da antropóloga Elisete Zanlorenzi, da PUC-Campinas. Segundo a antropóloga, o trabalhador baiano é mais eficiente que o trabalhador de outras regiões do país e que a imagem que existe da Bahia, como um estado em que as pessoas só vivem em clima de festas, não corresponde à realidade, pois é justamente no período de festas que os baianos mais trabalham e quem se diverte é o turista, de outros estados brasileiros. Segundo a antropóloga, 51% da mão-de-obra da população baiana atua no mercado informal, por isso as festas são uma oportunidade de trabalho. Coincidentemente a Bahia é o estado em que à porcentagem de negros e mestiços é muito elevada, mas uma evidência de que esta “teoria” tem um alto teor racista…
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Não sei se chega ser tão injusto assim. Em visita à Bahia, uma sergipana conclui que os baianos são preguiçosos porque se acostumam com qualquer tipo de trabalho. “Se conseguem ganhar dinheiro vendendo uma coisa aqui outra ali, eles se acomodam, mesmo que esse dinheiro não seja suficiente”, disse ela. Acredito que quem vê de fora corre sérios riscos de estereotipar o que vê, mas também pode ver por outro ângulo e ter outro ponto de vista. Depois da conversa com essa sergipana, passei a ver que o estereótipo de preguiçoso destinado aos baianos não é tão infundado como apregoam.
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Eu concordo plenamente com este comentário, nós os Paulistas somos trabalhadores e esses vagabundos da Bahia vem aqui no meus estado nos defamar e falar q somos enrolados com as coisas ..
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Em verdade a imagem da Bahia festeira e de que o povo daqui é simpático favorece e muito o mercado informal, logo das mais baixas às mais altas instâncias acabam por se aproveitar disso. A maior fonte de renda de muitos baianos é vinda do turismo, restaurantes, hotéis, vendedores de coco, donos de bloco e mesmo a prefeitura não querem se dissociar dessa imagem. Isso é fato.
Não é a acomodação, mas sim a falta de oportunidade que leva algumas pessoas a não conseguirem mais do que alguns bicos para se sustentar.
Infelizmente essa mesma imagem se torna facilmente pejorativa quando observados os resultados da crença nela em grandes empresas, congressos e afins, como Rafael observou.
Mas é só uma idéia preconceituosa que pode pelo menos ser aliviada em tais empresas com muito – muito mesmo – trabalho. Vão falar “ele é baiano, mas é trabalhador” ou “é nordestino, mas é competente”. Infelizmente é uma imagem difícil de ser tirada. E prejudica muito os que não vivem diretamente do turismo.
Agora, quanto a realidade, obviamente nós baianos não somos preguiçosos. O povo baiano não é preguiçoso. Ponto final.
Generalizar dessa forma é deixar de enxergar a singularidade de cada pessoa. Existem preguiçosos e existem os trabalhadores (grande maioria) em todo lugar. Como assim? Milhões de pessoas são iguais? O baiano é preguiçoso, o gaúcho gay e todo paulista babaca? Esses argumentos são sim muito infundados.
Baianos/paulistas/sergipanos/mineiros acordam às 5h da manhã, pegam ônibus lotado, trabalham sem descanso, vão pra casa às 19h, cuidam de casa, ficam com os filhos um pouco e dormem pra no outro dia fazerem a mesma coisa e no fim do mês passarem sufoco. Preguiçosos??? Nem a pau.
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Só pra ilustrar, um miniconto de um baiano chamado Ismar.
“Na terra de ia iá
Na velha Bahia, de Caetano e Jorge Amado, o atendimento de muitos bares e restaurantes em nada lembra a alegria das solícitas baianas de acarajé que ilustram os comerciais veiculados em outros estados. Em Salvador, o largo sorriso branco estampado em uma face nagô provavelmente foi embora, junto com a paciência de ia-iá e iô-iô, em algum ponto de ônibus, após longos minutos de espera. ”
http://www.miconto.blogspot.com/
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“…é justamente no período de festas que os baianos mais trabalham e quem se diverte é o turista, de outros estados brasileiros…”
verdade, nunca tinha pensado nisso.
Bom, todo estereótipo tem seu pano de fundo verdadeiro. Que baiano gosta de uma prainha, rede, água de coco etc. não deixa de ser verdade. Óbvio, com suas exceções, como esta que vos fala (disso tudo só salvo a água de coco).
O sotaque cantado e arrastado contribui pra essa imagem, aquela fala leeeeenta, macia, que remete à preguiça.
Mas óbvio que o estereótipo prevalece justamente quando as maiorias podem aplicá-lo em cima de uma minoria que está ali, em situação desfavorecedora, como no velho embate paulistas X nordestinos (os primeiros, patrões; os segundos, migrantes). Então, é claramente uma forma de discriminação, com um forte componente racista.
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Desta vez naõ tive preguiça de comentar:
O que motiva todo mundo dizer que baiano é preguiçoso é a vingança, experimentem acabar com o odioso trio elétrico e a malvada emigração para o sul e vejam se o estereótipo não desaparece.
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é justamente no período de festas que os baianos mais trabalham e quem se diverte é o turista, de outros estados brasileiros…”
verdade, nunca tinha pensado nisso.
Bom, todo estereótipo tem seu pano de fundo verdadeiro. Que baiano gosta de uma prainha, rede, água de coco etc. não deixa de ser verdade. Óbvio, com suas exceções, como esta que vos fala (disso tudo só salvo a água de coco).
O sotaque cantado e arrastado contribui pra essa imagem, aquela fala leeeeenta, macia, que remete à preguiça.
Mas óbvio que o estereótipo prevalece justamente quando as maiorias podem aplicá-lo em cima de uma minoria que está ali, em situação desfavorecedora, como no velho embate paulistas X nordestinos (os primeiros, patrões; os segundos, migrantes). Então, é claramente uma forma de discriminação, com um forte componente racista
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o.o
a mina copiou meu comentário na íntegra e não falou mais nada?
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gente eu axo td isso uma falta de respeito….
concordo a pessoa q postou
“é justamente no período de festas que os baianos mais trabalham e quem se diverte é o turista, de outros estados brasileiros…”
ela tem toda razão
agora gente para com isso q baiano é preguiçoso, conheço baiano q trabalha mto mais q paulista , e alem de trabalhar mto mais, ganha seu dinheiro honestamente ….
uma prova de que baiano ñ é preguiçoso tenho em ksa minha mãe é baiana e trabalha mto, ela é mto esforçada no q empenha fazer ….
conheço uns paulistas q alem de ñ trabalhar so sabe enxer a cara de cachaça…. e pior manda as filhas de 7 a 11 anos ir buscar a pinga no bar !!!
ah gente ele é PAULISTA!!!
bjs
ASS: kellymarya aBAIANA (com orgulho)
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Sempre foi um exagero simplificar o baiano como um ninguem,falo isso porque nao
e so a questao da preguiça.Para muitos o baiano nao honrra a masculinidade,e margi-
nal,nao tem resonssabilidade com nada,so come acaraje,para muitos principalmente
aqui no centro sul do pais o baiano nao presta.Eu fico enloquecido de raiva quando
alguem que nem sabe onde nasceu direito,fala mal da bahia,nao conhece e critica por-
que ouvil de um grande invejoso que a bahia nao tem futuro.Tudo isso e dor de cutu-
velo,falta de carisma,esimpatia que so tem na bahia.O que falta no baiano e estrategia
e ambiçao de superar estes micos invejosos que se ouve por ai,a bahia teve,tem,e sempre tera peito e raça para se tornar um estado de grandes negoçios,basta o gover
no se prontificar,e os ambiciosos de grandes negoçios nao intervir no crecimento da
bahia que daria um banho de desenvolvimento e progresso.
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aos racistas,invejosos e aos infelizes de nascer aonde nasceram:
racismo é burrice(gabriel, o pensador)
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A “elite” que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo – eu digo nenhum tipo de racismo – se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da “elite”
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.
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A piada preconceituosa do inicio da página me chamou atenção, li todos os comentário e gostaria de deixar a minha aprovação com relação à maioria deles. Sou baiana e tenho um orgulho muito grande disso. Estou a alguns meses em São Paulo e sou vítima de preconceitos sem fundamentos. Falar que o baiano é um povo preguiçoso demonstra que os mesmos têm preguiça até de estudar um pouco mais sobre a história, não diria nem do Brasil, por que seria pedir de mais, mas que pelo menos que estudasse a história de São Paulo, aí sim eles teriam uma grande surpresa. Só se fala daquilo que se tem conhecimento, então conversar com muitos paulistanos sobre o povo baiano seria perca de tempo, seria como jogar perolas aos porcos.
“Paulistas sábios falam sobre idéias;
Paulistas comuns falam sobre coisas;
Paulistas medíocres falam mal de Baiano.”
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SAO PESSOAS QUE NÃO CONHEÇE O MAR,NAO TEM CULTUURA E VIVE COM RAIVA DO NOSSO SANGUE VIVO E DAS NOSSAS BELEZAS NATURAIS
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Pra min essa imagen é pura bobagem….
tipo assim, baiano trabalha muito…isso é preconceito de gente ”burra”
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PRA TODOS OS BAHIANOS E PAULISTAS DO MUNDO SE QUEM ESCREVEU ISSO FOR INTELIGENTE APOSTO Q CONSIGA RESOLVER ESSA CONTA.
23+9B+3BF=
95BN+B (AO QUADRADO)%POR 345MB=
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Esses estereótipos surgiram apenas como meio de provocação mesmo, só bobagem. É lógico que todos têm defeitos, mas também qualidades, e eu vou citar uma do povo baiano: da vez que estive por lá, fui muito bem recebido, são um povo que realmente sabem tratar bem as pessoas, juntamente com os mineiros. Não são como o pessoal do DF, que não faz o mínimo de esforço para agradar as pessoas e ser gentil.
OBS: Sou do DF.
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Dois estereótipos que relacionam ao baiano é como preguiçoso e gostar de muita festa, acredito que essas duas idéias nem tenham fundamento, os turistas esquecem de que mesmo na festa de carnaval, aqui na Bahia, por exemplo, quem está fazendo o papel de “festivo” são eles, sendo que muitos dos baianos (que são vistos como preguiçosos) estão trabalhando. =)
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Não é preconceito meu…Pensei que fosse mito essa ideia de que baiano é preguiçoso…Mas até hj não conseguiram me provar o contrario…Trabalho numa empresa de LEM – BAhia e td que pede pra ser feito, eles falam que nao censeguem ou senão dps fazem…Por favor BAianos mandam outros para trabalhar na Galvani, pq os que estao aqui nao gostam de trabalhar…
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Nas férias eu fiquei um tempo na casa da amiga da minha mãe, que é paulista. É claro que nem todos são preconceituosos, mas há muitas exceções. As amigas da filha dela quase nunca falavam comigo e sempre que eu puxava assunto elas me cortavam. Não sei se é verdade, mas a filha dela me contou que na balada para jovens eles sempre falam que a pista é o lugar da baianada.
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