Estereótipos e cinema: Borat e o humor politicamente incorreto

Em um lúcido texto, publicado em fevereiro do ano passado no Jornal de Debates, o articulista Carlos Cardoso reflete sobre as pressões exercidas sobre os humoristas em nome do politicamente correto. A origem da discussão é o personagem Borat, que deu o nome ao divertido filme estrelado pelo comediante inglês Sacha Baron Cohen e as discussões e repercussões decorrentes da adoção de uma forma de fazer humor politicamente incorreto. Clique aqui para ler o artigo
Borat

O trabalho e os dias (9)

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O trabalho e os dias (8)

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O trabalho e os dias (7)

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O trabalho e os dias (6)

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O trabalho e os dias (5)

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O trabalho e os dias (4)

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O trabalho e os dias (3)

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O trabalho e os dias (2)

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Estereótipos e publicidade

O cinema faz a festa com os estereótipos. Como contar uma história em uma hora e meia sem fazer apelo a clichês, cenas obrigatórias e personagens estereotipados? Se com quase duas horas a disposição é praticamente impossível fugir dos estereótipos, imagine a farra quando se dispõe de apenas 30 segundos para dar conta do recado? Os estereótipos se manifestam com toda força na publicidade. Como se diz por aí, quem já viu propaganda de cerveja sem loira gostosa? E de fraldinhas do neném sem a feliz e carinhosa mamãe? Esta situação, suponho, não deve agradar aos publicitários. Pelo menos a alguns, a se considerar, por exemplo, o recém lançado concurso cujo objetivo é premiar peças publicitárias criadas sem o apelo ao uso de estereótipos. Pode até ser que surjam soluções criativas, mas suponho que o uso de estereótipos e clichês irá perdurar enquanto existir a publicidade tal como a conhecemos. O que imagino que os publicitários possam fazer é desistir de acerditar na possibilidade de fazer publicidade sem o uso dos estereótipos e procurar a entender melhor como a publicidade se apropria e passa a se utilizar dos estereótipos e dos contra-estereótipos. E claro, seria bom que isto fosse feito com uma certa sutileza, para evitar certos exageros.

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