Estereótipos e humor: a discriminação do “louco”

Contribuição: Camila Novaes

Os pacientes com transtorno mental carregam o estigma da loucura. As pessoas que se auto-categorizam como sãs vêem de forma negativa aqueles que demonstram estar fora da realidade. A generalização acontece e o sintoma parece ser a única imagem mental que vem à mente do preconceituoso. O preconceito contra estes pacientes pode ser visto em diversas anedotas sobre o tema. Afinal, preconceito contra o quê? Escolha a categoria em que você se encaixa. Quem é o louco aqui?

GRAVAÇÃO NA SECRETÁRIA ELETRÔNICA DO CENTRO DE SAÚDE MENTAL

“Obrigado por ligar para o Instituto de Saúde Mental, sua mais saudável companhia em seus momentos de maior loucura.

Se você é obsessivo e compulsivo pressione 1, repetidamente;
Se você é dependente, peça a alguem que pressione o 2 por você;
Se tem múltiplas personalidades pressione o 3, 4, 5, e o 6;
Se você é paranóico, sabemos quem é você, o que faz e o que quer. Espere na linha enquanto rastreamos sua chamada;
Se você sofre de alucinações, pressione o 7 e sua chamada será transferida para o Departamento de Elefantes Cor de Rosa;
Se você é esquizofrênico, escute cuidadosamente e uma vozinha lhe dirá que número pressionar;
Se você é depressivo, não importa que número disque. Ninguém vai responder;
Se você sofre de amnésia, pressione o 8 e diga em voz alta seu nome, endereço, número da carteira de identidade, data do nascimento, estado civil e o nome de solteira de sua mãe;
Se você sofre de stress pós-traumático, pressione lentamente a tecla # até que alguém tenha piedade de você;
Se sofre de indecisão, deixe sua mensagem logo que escute o bip… Ou antes do bip… Ou depois do bip… Ou durante o bip… De qualquer modo, espere o bip…;
Se sofre de perda de memória para fatos recentes, pressione 9. Se sofre de perda de memória para fatos recentes, pressione 9. Se sofre de perda de memória para fatos recentes, pressione 9. Se sofre de perda de memória para fatos recentes, pressione 9;
Se tem baixa auto-estima, por favor desligue. Nossos operadores estão ocupados atendendo pessoas mais importantes.”

Autor: Marcos E. Pereira

Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal da Bahia. O currículo Lattes pode ser acessado no site http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4799492A6

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