Estereótipos e publicidade: aeromoça

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Autor: Marcos E. Pereira

Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal da Bahia. O currículo Lattes pode ser acessado no site http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4799492A6

8 comentários em “Estereótipos e publicidade: aeromoça”

  1. Danilo, da fato você tem razão. Eu cometi uma capivarada e postei o link errado. Desculpe o erro e obrigado pelo comentário. Agora sim, está como deveria ter sido publicado.

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  2. Pois é. Este vídeo ai tá claríssimo.

    As mulheres tiveram que conquistar a muito custo seu espaço profissional, tendo que aturar certas insinuações de disponibilidade sexual durante a atividade de suas funções. O cara da bossa que faz trilha para o vídeo é um tremendo de um queixão!

    Resquício da mentalidade de odalisca? De gueixa? De cortesã?

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  3. Outra coisa que notei é o fato da propaganda utilizar a mulher branca para representar o estereotipo da aeromoça. Resquicio da nossa sociadade escravagista que não possibilitava e ainda deixa muito a desejar no que diz respeito a igualdade de oportunidades.

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  4. Bem lembrado, Andréia. É sempre bom ter em mente a real hierarquia das coisas.

    E se fosse uma negra, a cantada não seria tão elegante. O sujeito ia chamar logo “pros finalmente”.

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  5. A obra cinematográfica em tela tem cunho comercial, apresentando publicitariamente a imagem agradável e pitoresca de uma empresa aéra, transmitindo indiretmente a qualificação de um estereótipo, construído socialmente, em torno da profissão de aeromoça. Faz-se entender que, diante das imagens apresentadas no comercial, não existe uma qualificação profissional necessária para que uma mulher seja considerada capaz de ocupar a função de aeromoça, mas sim que o requisito básico para tal emprego seja o aspecto de beleza cunhado pela sociedade nessa pessoa do sexo feminino, donde do qual pode-se extrair que a mulher apta para realizar tal atividade tenha as características de ser da raça branca, possua perfil corporal esbelta (não seja obesa) e que seja portadoran de uma voz de padrão sonoro agradável, capaz de relaxar o passageiro diante da tensão da viagem, não sendo citado no supracitado comercial as qualidades técnicas necessárias à atividade de aeromoça, tal como as constantes das regras de tripulação de vôo, tendo-se ênfase à capacidade de transmitir informações de emergência, atendimentos de emergência aos passageiros em situação de mal estar e demais procedimentos técnicos necessários nas tripulações de aviões comerciais. Fica uma reflexão, diante do observado e relatado por este comentarista, aos que assistirem tal comercial, frente a construção do estereótipo criado neste, na relação com as demandas de uma época social da qual fazemos parte.

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  6. é interessante ver que a função da comissária de bordo é na verdade a de um agente de segurança : por isso que faz, no seu curso, treinamento de sobrevivência na selva e na água. Mas, mesmo assim, um monte de discriminação vem na exigência de boa aparência… Pra agir como agente de segurança, aliás, seria muito mais prático/eficaz que ela não usasse salto alto nem saia apertada…

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  7. Vi em uma reportagem sobre empresas aéreas de baixo custo que, com o objetivo de economizar, essas companhias enxugam o pessoal fazendo com que um mesmo funcionário acumule diversas funções. A aeromoça, por exemplo, ajudaria a limpar o avião.
    Fiquei curiosa para saber como se está lidando com essa nova configuração do trabalho de aeromoça, uma função tão ligada ao glamour, como visto no vídeo…

    Lembro de diversas amiguinhas que, na infância, diziam que queriam ser aeromoças quando crescessem. Será que hoje isso continua? Viajar de avião antigamente era um verdadeiro luxo, para pouquíssimos, e hoje é algo relativamente mais banal. Com isso, vi sumir as crianças que almejavam o trabalho com “fumaças de riqueza”.

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