Notícia do dia: Obama (e Michelle) na New Yorker

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Autor: Marcos E. Pereira

Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal da Bahia. O currículo Lattes pode ser acessado no site http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4799492A6

18 comentários em “Notícia do dia: Obama (e Michelle) na New Yorker”

  1. Uma charge como essa não me faz rir. Ao contrário, me faz sentir indgnação. 1° querem derrubar a candidatura de Obama simplesmente pq ele é NEGRO e por isso querem associar a sua imagem a coisas negativas (para os americanos). 2° O fato de Michele Obama ser uma mulher independente, com opinião própria e personalidade forte, corre boatos que ela será o homem da casa (da casa branca, se é q vcs me entedem). Puro machismo, como se as 1ª dama precisasse ficar à sombra do marido. 3° Mais uma vez o Oriente Médio é pintado como vilão e os EUA com mocinhos. Isso é um absurdo!! quem fez essa charge deveria ser processado.

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  2. Fatos:
    1-Os indícios de que Obama é muçulmano em segredo brotam dia a dia, mas sua quantidade parece inversamente proporcional ao interesse que seus adversários e a grande mídia têm em elucidar o assunto.
    2-Ele ouve “The Star-Spangled Banner” com as mãos sobre os genitais em vez do coração, modifica o emblema das armas nacionais para fazer dele um grotesco anúncio eleitoral e, para cúmulo, diz que a bandeira do país que ele pretente representar perante o mundo “é, para muitos povos, um símbolo de violência”

    Vou ficar só por aqui, para dizer que a charge é apropriadissíma para a ocasião.

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  3. Segundo a revista a imagem é uma brincadeira irônica sobre como a direita enxerga Obama.

    Com um amigo desses…

    E a bandeira americana é, para muitos povos, inclusive considerados aliados, um símbolo de violência. É essa imagem que o povo americano quer ter no exterior?

    Não conheço Obama como político, e acho pouco elege-lo só pq é negro. Eleger um mau político como o primeiro negro na presidência dos EUA não seria nada legal. Mas o mundo está traumatizado com a gestão do republicano Mr. Jorge Arbusto.

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  4. Obama é um ser humano, que como qualquer outro tem qualidades e defeitos. Quem vai decidir se quer Obama ou o republicano na presidência são os americanos. Agora, não podemos negar que o fato DELE ser negro é uma pedra no sapato de muitos racistas, isso é!!!!!!!!!!!!!!! Entretanto, mesmo havendo um abismo gigantesco entre negro e brancos nos EUA, ainda sim foi possível ter um cadidato negro à presidência. Ao contrário do Brasil que: 1° ) vive em uma “democracia racial” e 2° )os negros são maioria, mas não chegamos nem perto…..
    🙂

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  8. Mas vc não acha tão pouco?? vc só conseguiu lembrar de Celso Pita!! Em uma nação aonde até o final do ano (segundo o IBGE) os negros ultrpassarão os brancos em n° de habitantes, sermos (eu falo por mim q sou negra) tão pouco representados? Pois é, meu caro Rafael, não vivemos em uma democracia racial…e ainda estamos bem longe disso!!!!!!!!!!!

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  11. É evidente que a aceitação de um candidato negro nos EUA e uma muito provável eleição do mesmo é um grande avanço quanto as questão das relações raciais por lá. Trata-se de um ponto importante na escolha do candidato sim, pois o racismo nos EUA sempre foi muito brabo, e como o presidente de lá é o líder do mundo ocidental, a influência política e simbólica de um negro na Casa Branca para o mundo seria muito salutar. Claro que o cara não deve ser santo, mas eu preferia muito mais as safadezas do último democrata na presidência do que os desmandos do caubói atual

    De qualquer forma, esse tipo de coisa ainda é quase impossível no país da democracia racial.

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  13. É Diogo,
    Esse é o conhecido fenomeno Obama, o mesmo tipo de fetiche que elegeu o senhor Lula por aqui. Pouco importa o que ele seja, o que ele faça, quais sejam suas intenções, ele estar lá é o que basta.

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  14. Destilando minha ciência política de quinta, me parece que estes fetiches estão sempre presentes nas eleições para presidentes. Diferente da política local, onde as fofocas de cada paróquia são bem conhecidas por todos, numa eleição para presidente o que influência são estas idéias grandes e simples. Por aq, já tivemos o Playboy Modernizador, o Pai do Real e agora o Ex-Bicho-Papão que virou Papai Noel. Nos States, Bush se valeu de puritanismos bem básicos pra ganhar suas duas eleições. Obama trás na pele sua grande marca, e seus marqueteiros sabem disso muito bem.

    Como falei antes, espero que ele não seja só isso. Me sinto muito inseguro e insatisfeito com os veículos de informação atuais, que estão muito impregnados de tendenciosismo ideológico para todos os lados, o que me deixa muito cético.

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  15. Bom. Eu não concordo com o argumento de que o fenômeno Obama é um fenômeno como ocorrido em qualquer eleição para presidente. Esse tipo de naturalização do problema
    (semelhante ao que ocorreu no escândalo do mensalão e outras pilantragens do atual governo) é um recurso para que tudo, por absurdo que se apresente, seja justificavel com o “sempre foi assim mesmo”.

    Ao contrário do que os jornais brasileiros fazem crer, não é a cor da pele que está alavancando a campanha de Obama. A população Americana conta com apenas 11% da população sendo negra, e Obama desde as prévias contra Hilary foge da sua cor como o Diabo foge da cruz. Todas as vezes que de alguma forma se associou Obama como candidato dos Negros ele caiu nas pesquisas.

    Por isso que ele tem um discurso que tenta agregar todos os setores, conhecido como Flip-Flop, ora diz que vai manter as tropas no iraque, ora diz que a bandeira da nação
    representa o terror.

    A última é que surgiu uma polêmica sobre sua naturalidade americana. Como não apresentasse uma certidão de nascimento por um tempo, aparece obama com uma certidão que, pasmém, foi comprovada ser falsa. Mas o que é que isso tem demais, agora é que ele está com toda força, levando milhões de pessoas as ruas em Berlim?
    Será mera conhecidência o notável anti-americanismo no mundo e o notável frenesi por Obama no mundo? Precisamos de mídia para tirar algumas concçusões?

    Sobre a chuva ideológica na mídia, sem comentários. revista veja( considerada de direita) só pública materias decaradamente favoraveis ao nosso Fake Obama). Graças a Deus existe a internet, onde podemos fazer pesquisas e ser mais atuantes na busca por informações, mas quem quer se dar ao trabalho?

    Ps. Puritanismo (termo pejorativo) que não se aplica a eleição só de Bush. Valores morais Judaico-Cristãos sempre foram prioridade na democracia americana desde os pais fundadores, e é mais uma vez a esperança para aqueles que percebem o Fake Obama como uma ameaça a soberância amerciana.

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  16. Rapaz, essa do puritanismo tem tudo a ver com o blog, pois eu na minha ignorância só fui pesquisar agora a origem pejorativa do termo. Sempre acreditei que era sim um ramo legítimo do protestantismo, mas vi que foi uma forma jocosa de se referir inicialmente aos radicais calvinistas ingleses do século XVII e que acabou sendo generalizado para outras igrejas protestantes da Grã-Bretanha. É aquilo do apelido escroto que pega e vc nem lembra mais o nome da pessoa. Me pareceu semelhante com uma situação no budismo, onde uma das vertentes reformistas se intitulava Mahayana (veículo virtuoso) e chamava a antiga tradição de Hinayana (veículo vil). Para a infelicidade dos mais velhos, os reformistas foram os que mais cresceram pelo mundo e o termo Hinayana pegou, só sendo revisto muito recentemente. Outro apelido safado que acabou aceito é o que pegou no nosso conhecido negro “nagô”. Segundo li em Verger, nagô é uma apropriação do francês que o povo Fon usava maldosamente para se referir aos estrangeiros Yorubás.

    Mas desculpa a fujida do assunto. É q estou atualmente entretido com função da linguagem na transmissão de estereótipos 🙂

    Voltanto a Obama, ele realmente seria um louco se falasse da boca dele que precisam votar nele pq ele é negro, pois isso seria de uma prepotência sem limites, e os adversários dele jogam com isso.

    Sobre a questão da mídia, o fato de a Veja gostar de Obama me parece um indício de que ele não parece nada com Lula e que o partido Democrata não parece nada com o PT. E sobre a internet, realmente é uma ferramenta poderosa, mas carece de credibilidade das fontes e é ainda mais vunerável ao aprisionamento ideológico, pois na internet ninguém se sente obrigado a dar maiores satisfações e acaba no final cada um ficando no seu quadrado. Minha formação de opinião atualmente é um tanto mosaica, procurando “boas formas” dentro deste cenário bagunçado, evidentemente bem filtrados pelas minhas convicções. Mas é claro que a verdade está lá fora, por mais encoberta que seja.

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  17. A veja gosta de Obama porque ela é anti-americana, pró-abortista, e tudo o mais da agenda esquerdista. Mas o fato de ela ter o detalhe de ser anti-pestista faz com que seja estreotipizada como direitista, mesmo que em todos os níveis culturais ela tenha ideologia esquerdista até a raiz.

    Quanto a credibilidade das fontes da internet: não é essa terra de ninguém não. Para saber o que Obama pensa, seu programa de governo quer fonte mais confiavel que o blog da sua campanha? Não é desse jeito não de não dar satisfações. Existem muitas fontes sérias na internet principalmente a nível internacional com fontes e tudo o mais.

    Agora o que chega em nossos jornais sobre o que acontece nos Estados Unidos vem formato cada virgula pelo Whashington Post e New York Times, mídias conhecidamente de dominio democrata. Não acha que deveriamos saber também o
    que pensam os comentaristas consevadores e também independentes? Ainda tem os comentaristas de rádios conservadoras que formam a cabeça de milhares de americanos e que escrevem em sites oficiais com seus nomes assinados na internet.

    Tudo isso nos é sonegado, descadaradamente. Já falei aqui do genocidio cristão que ocorre no mundo, solenemente negligenciado pela nosso mídia.

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