Estereótipos e piadas: a loira advogada

Contribuição: Leiza Torres

Após seu longo curso de advocacia, a loira abre seu escritório e no primeiro dia de serviço, alguém bate na porta.

Para marcar aquela presença, pega o telefone e pede para a pessoa entrar e esperar.
Fica uns 30 minutos fingindo uma conversa:

– Sim, claro! Eu não perco uma causa! Esta está muito fácil….
Com certeza, no próximo julgamento o juiz nos dará sentença favorável e venceremos!!! (e assim ficou enrolando)

Quando desligou, após aquela “longa conversa”, toda educada pergunta:

– Pois não, cavalheiro, em que posso ajudá-lo?

O homem respondeu :
– Sou da Telefônica, vim instalar sua linha.

Autor: Marcos E. Pereira

Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal da Bahia. O currículo Lattes pode ser acessado no site http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4799492A6

7 comentários em “Estereótipos e piadas: a loira advogada”

  1. Interessante que permanece o estereotipo de burra agregado à loira, mesmo quando tenta ser esperta. Uma relação de causa e efeito linear. Basta ser loira para fazer besteiras.

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  2. A loira, mesmo quando consgue fazer algo inteligente na vida, como ser uma boa advogada, comete garfes e faz besteiras. O estereótipos negativos de loiras sempre presentes nas piadas… é engraçado, mas faz com que algumas pessoas assimilem de tal forma esses estereótipos negativos e passem a tratar as loiras como realmente burras; e as mulheres loiras passem a agir de forma a reafirmar tal estereótipo.

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  3. o estereótipo da loira burra é realmente muito forte, e talvez algumas representantes dessa classe reafirmem o que lhes é atribuído, de fato. mas, isso não pode ser generalizado!!

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  4. Mais uma vez o estereótipo de loira burra! Concordo com Lais que algumas representantes desse grupo reforçam essa atribuição quando fazem algo errado e dizem “é que sou loira!”… Mas isso não deixa a salvo as morenas! E isso parece retratado em alguns programas da Globo… “A diarista” com a personagem Solineusa ou mesmo a Magda do “Sai de Baixo”

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  5. O interessante é perceber que todos os comentários acima são de mulheres, e que nós ficamos o tempo todo apenas discutindo sobre a inteligência dos grupos (morena/loira/ruiva). Em nenhum momento, incluímos na discussão o gênero masculino. Não vemos a inteligência sendo vinculada com a aparência física dos homens. Por que será que a questão da aparência x inteligência é mais vinculada às mulheres?

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  6. Sabemos que o problema não é só das loiras. Ser chamada de burra e ser vítima desse tipo de piadinha [mulher barbeira no trânsito/amélia na casa/incompetente no trabalho] é muito comum para nós, mulheres. Eu ri da piada, mas com certeza alguns riem por último…

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  7. Prezada Elisa Araújo é porque a carga do preconceito não recai sobre a loura, como parece evidente. Na verdade o grande peso mesmo do preconceito tem endereço certo: a mulher. E este peso, o sexo feminino carrega há milênios perpetuado num mito cultural que se arrasta desde a Idade Média ou antes disto.
    Já imaginou, mesmo nos dias de hoje, uma mulher pobre (antes era só negra, agora tanto faz ser negra ou loura), sem instrução, desprovida de beleza, nordestina, dentes cariados ou sem dentes, falando “errado” etc. Será que arranja emprego?

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