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Autor: Marcos E. Pereira
Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal da Bahia. O currículo Lattes pode ser acessado no site http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4799492A6 Ver todos posts por Marcos E. Pereira
Ah, abençoado photoshop, sem você as modelos não teriam graça alguma!
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A ideia de aparência perfeita que impera nos dias atuais não permite nenhum tipo de defeito, a difusão de técnicas – sejam elas virtuais ou até químicas – vem ganhando proporções nunca antes imaginadas. Essa situação é incômoda pois nenhuma mulher se aproxima desse ideal.
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“Hoje eu quero estar mais magra que o normal para trabalhar bastante. O mercado sempre exigiu isso. É conversa fiada dizer que mudou. O bonito é ser magra mesmo, fazer o quê? É mais chique, a moda exige ser magra!” (Isabeli Fontana, 14 de dezembro de 2008 para o site “Ego Notícias”)
Link da entrevista : http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL917647-9798,00-ISABELI+FONTANA+O+BONITO+E+SER+MAGRA+MESMO+FAZER+O+QUE.html
A declaração da modelo Isabeli Fontana é um exemplo de que nem mesmo quem supostamente está dentro do padrão de beleza, ou é uma referência de magreza se sente satisfeito. As próprias modelos afirmam que são exigidas a serem cada vez mais magras para conseguir trabalho.
Temos, então, um padrão de beleza irreal e de difícil alcance. No Brasil, nem mesmo as mulheres que estão nas capas de revista correspondem a ele, pois suas fotos são extremamente retocadas. Aliás, não só as fotos, já que o Brasil é um dos campeões mundiais em cirurgia plástica (tem até turismo estético!)
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as pessoas são bonitas independente de photoshop. contudo, no momento atual há uma pressão tão grande a certos padrões de beleza que até programas de computador pra forçá-los são criados desconsiderando as peculiaridades das pessoas.
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A possibilidade de corrigir todo e qualquer tipo de “defeito” apresentado por cada pessoa rouba o quê há de mais particular, e interessante,naqueles submetidos a tal processo – sua singularidade.
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Quem dera as consequências da estereotipização da aparência se limitassem ao bom uso do photoshop…
Infelizmente, os estereótipos se alastram para muito além das telas de computador. Como exemplos, podemos citar, de um lado, seguranças de banco que, sem se alarmar, permitiram a entrada de bandidos armados pois APARENTAVAM ser um delegado (de paletó) e policiais; enquanto, do outro, seguranças de diferente agência barraram o acesso de uma trabalhadora, que apesar de não estar tão “bem vestida” quanto os primeiros, não representava nenhum risco à segurança do estabelecimento.
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Eu não tenho nada contra o uso do photoshop, a questão reside no exagero. Uma pessoa pode ficar totalmente diferente do que é!! Uma vez eu tive que fazer photoshop em uma fotografia que havia ficado LINDA, mas o ziper da minha calça tava aberto!!! eu não iria deixar de revelar aquela foto pq não iria usar a tal ferramenta. Tudo tem que ser usado com bom senso.
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