Estereótipos, humor e religião: os dez mandamentos

Contribuição: Marcus Vinicius Alves

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Autor: Marcos E. Pereira

Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal da Bahia. O currículo Lattes pode ser acessado no site http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4799492A6

14 comentários em “Estereótipos, humor e religião: os dez mandamentos”

  1. Lamentável. Esse cara deve ser uma pessoa bem infeliz. é impressionante o desrespeito com que trata o decálogo, mandamentos divinos, chamando de merda de vaca. Quanta agressividade, isso não é humor, isso é desrespeito, agressão, afronta.

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  2. Tb não achei graça. Sujeito agressivo que faz analises burras, o que derruba qualquer vestígio de humor.

    Criticou o controle e a obediência. E é possível alguma organização social sem controle e obediência?

    E eu não entendo pq os ateus sempre enxergam má-fé nas religiões.

    Ver essas coisas me deixam cada vez mais cético quanto a possibilidade de uma humanidade tolerante.

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  3. Não creio que os argumentos utilizados nas análises foram burros, ao contrário, acho que muitos são dignos de se pensar. Esse comediante tem uma linha agressiva na fala, mas é uma espécie de stand-up comum, mais crítico, reflexivo e sarcástico. Você pode até não rolar de rir, mas não vai sair impassível.

    Ele diz que a obediência não deve ser automática e sim adquirida, o que não significa dizer que não deve existir. E que comumente a obediência é utilizada de forma estratégica, onde poucos a percebem.

    E ele critica, inclusive, a intolerância, que por sinal é uma caracterísca muito presente entre os mais religiosos. Em verdade, só os menos apegados à religião e os menos apegados à não-religião costumam enxergar intersecções saudáveis. Os ateus mais exaltados e os crentes (aqueles que crêem, e não necessariamente alguém de uma religião específica) mais fervorosos costumam ser intolerantes, desrespeitosos e agressivos. Sem falar que simplesmente nunca respeitam os espaços dos outros, a liberdade de cada um de tomar a sua decisão, de seguir ou não a sua fé (ou o que quiser).

    É o livre arbítrio que o próprio Deus (qualquer que seja ele) afirma se tratar da maior preciosidade humana. Então pq será que sempre seus fiéis não costumam respeitar isso?

    Acho válida a discussão, pois, querendo ou não, religião ainda é tema tabu. E ainda que a Bíblia, o Corão ou o que for sejam usados por pessoas que seguem seus ensinamentos como uma metodologia de viver bem e em comunhão ao próximo, os mesmos ainda são usados por outras pessoas para ações escusas.

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  4. Bem… fora o descompasso antropológico de analisar as a estrutura normativa de uma sociedade de 3000 anos atrás por referenciais contemporâneos com essa história do nº 10 (afinal, tratasse de um show de humor, e não uma conferência), não achei nada bonito a insinuação generalizante de que as lideranças religiosas são “canalhas”, que os religiosos são “primitivos” e “estúpidos”, que os pais quase nunca estão certos e que quanto mais fé a pessoa tem, mais intolerante se torna.

    Essa história de dizer que foram as religiões que motivaram os conflitos que o cara citou, qualquer pessoa realmente educada sabe que o buraco foi muuuuito mais embaixo, e os objetivos centrais nestes eventos nada tinha de sagrados, muito pelo contrário. As revoluções comunistas deram o poder a ateus no século XX. Os monges tibetanos agradecem.

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  5. O cara falar que os 10 mandamentos é uma mera inflagem mostra o quão ignorante ele é, não sabe nada de teologia. Não merece atenção simplesmente pelo seu discurso ser de pura ofensa, agressão gratuita. Mas ele não é um só. Recentemente um outro ateu praticante apareceu na Veja dizendo que os ateus são mais inteligentes do que os religiosos. Eu quero é mais. Em tempos de laicismo aumentam os ataques as instituições religiosas na mesma medida que cresce o culto ao deus Estado, a religião cívil, que é o “retorno de cezar”. Como Diogo lembrou as consequências estão ai para todos que tiverem olhos de ver.

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  6. Pois é, é um show de humor e não uma palestra de um doutor renomado sobre o tema complexo, nem de um ditador irado. Analisar a história com uma visão onde pode-se trazer o sistema publicitário, econômico e social atual, pra mim, é muito interessante.
    O politicamente incorreto é uma das melhores formas de fazer humor.
    Apesar de que argumentos como “(o dez) é um número que satisfaz psicologicamente” não é nada atual, e é bem válido se formos perceber que a Bíblia costuma sim utilizar peças chaves. Números sagrados ou profanos, números divinos. Dez, 12, 7, 666, 6 x 66… e outros que nem lembro.
    Ateus e Religiosos podem sim ser muito “primitivos”, não é a crença que vai defiinir isso, e sim a forma com que essa pessoa reflete sobre tal crença. Creio que ser primitivo é apenas absorver tudo que é passado, sem parar para pensar no que lhe vem sendo encucado. Até porque sabemos que a fé sem reflexão – e sem uma mentalidade “aberta”, voltada em crer, mas em respeitar as outras crenças – cega, tanto a fé em um dogma religioso, quanto a fé em um conceito totalmente ateu.

    As religiões realmente não motivaram os conflitos que ele citou, mas foram instrumentos poderosos para o convencimento da grande maioria de que tal conflito era o certo a ser feito.
    A capacidade de refletir sobre os atos é justamente o que eu defendo, essa capacidade evitaria muitas coisas absurdas. Como por exemplo as cruzadas, o holocausto, os assassinatos promovidos por comunistas, o preconceito que sofrem alguns comunistas, as torres gêmeas, a francesa que não pôde usar véu, a necessidade que sentem estudantes universitários de não crer em Deus, o não estudo de células-tronco, a caça às bruxas, o chute que o pastor deu na santa, a forma como a sociedade trata os evangélicos, os candomblecistas, os espíritas.

    Esse vídeo merece atenção, justamente por ser uma forma de olhar uma opinião extrema. Ninguém vai queimar Bíblias, muito menos falar em línguas depois dele.
    Serve, até pq hoje temos realmente uma sociedade que cultua vários deuses: o deus Estado, o deus Capital, o deus Ego… E, principalmente, a deusa Intolerância.

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  7. HOJE DEUS PASSOU A SER UM DIVERTIMENTO PARA ESTA SOCIEDADE DEPRAVADA,SÓ QUE ESTÃO A CONSTRUIR A SUA PRÓPRIA DESTRUIÇÃO,PORQUE DE DEUS NÃO SE MOFA.

    (Gálatas 6:7-8) . . .Não vos deixeis desencaminhar: De Deus não se mofa. Pois, o que o homem semear, isso também ceifará; 8 porque aquele que semeia visando a sua carne, ceifará da carne corrupção. . .

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  8. Não acho que o discurso anti-religião, anti-cristo e anti-deus sejam mais usados do que os religiosos para cometer atrocidades. Os ateus sofrem muito mais preconceito do que qualquer pessoa que acredite em Deus, pode testar. Hoje em dia você precisa acreditar em Deus, caso não acredite, as pessoas vão te olhar de forma estranha. Eu tenho que ouvir falar de Deus o tempo todo, em todo lugar e agora até nas escolas querem ensinar o criacionismo, enquanto que se eu falar que não acredito em Deus as pessoas me taxam de “animal”.

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  9. Isso de ser comparado com um animal por não ter ‘espiritualidade’ já aconteceu comigo também. Concordo que ateus sofrem mais preconceito do que qualquer religioso, qualquer um, tanto que está havendo uma campanha para que os ateus ‘saiam do armário’, se revelando, da mesma forma que outros grupos oprimidos antes já fizeram.

    Em uma roda de conversa você pode ter qualquer religião e será respeitado, mas quando não tem nenhuma as pessoas acham estranho, se olham de canto de olho, o clima fica insalubre. E ainda existe todo o preconceito que já vem incluso com a imagem ateísta ou mesmo agnóstica: pessoa vil, mau, egoísta e egocêntrica, sem sentimentos, fria, herege, pecadora etc.

    Quanto ao crer e o não crer em níveis deletérios, nunca vi nenhuma manchete com mortes em decorrência de um fanatismo ateu, enquanto que a disputa “qual ‘Deus’ é o melhor” por si só já matou milhares de pessoas.

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  10. Marcão, vc tá certo…. em quase tudo hehehe

    Eu tb acho q os ateus ainda são ostensivamente discriminados, vistos como pessoas insensíveis, e isso é uma tremenda bobagem.

    Mas é claro que “ateus fanáticos” mataram pessoas religiosas por causa de suas crenças. Que o digam os budistas tibetanos e os monges cambojanos…

    Tem jeito não: toda doutrina tem seus radicais. E por isso que eu ainda não consigo me convencer de q fazer proselitismo disso ou daquilo é melhor do que a pregação da tolerância.

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