Quem te viu, quem te vê. No fim do ano passado, a seleção espanhola acumulava uma série derrotas, usualmente jogando muito mal. O maltratado, à época, técnico espanhol, quase incapaz de suportar o peso das próprias pernas, parecia condenado ao fracasso. Sabe-se lá por que, de empate em empate, uma vitória magra de vez em quando contra adversários fracos e jogando um futebol sempre contestado, Luis Aragonés foi se mantendo no cargo. Imagino que só na quarta feira, às 22:26, após um passe magistral de Cesc Fábregas, enquanto 17.150.000 espanhóis que acompanhavam na telinha da Cuatro testemunharam a definição impecável do centro avante David Silva, o velho técnico pode se reconciliar com a certeza de que a equipe espanhola superara um velho obstáculo. Imagino, no entanto, que a velha atitude flamenca tenha transformado esta certeza inicial, factual, numa crença que, imagino, no momento deve ser compartilhada por todo espanhol: desta vez, não tem jeito. Clique aqui para ler a matéria de El País.
A Eurocopa, para mim, foi o palco da retomada do futebol “bom de assistir”. As seleções jogaram pra cima, a marcação intensa, fome de bola, muita técnica e vibração dos craques cheios da grana (um ensinamento para uma seleção de craques e milionária aqui da América do Sul). Até os jogos das seleções com o nível técnico inferior surpreenderam pela raça e por serem imprevisíveis Demais!
Venceu a Espanha, o seu treinador vovô não foi nem um pouco “parreirístico”, meteu o time pra cima, e olhe que Cesc começou no banco (brincadeira). Cesc é um menino que reflete o modelo do ótimo jogador moderno, quem assiste o campeonato inglês sabe que é ele que comanda o time do Arsenal, um garotão.
Essa Euro foi uma lição, mostra que o futebol moderno é gostoso de assistir apesar da excessiva força física e das jogadas bruscas. Um show inesquecível, futebol do mais alto nível, o melhor.
Vamos aturar as eliminatórias sulamericanas e a seleção do Brasil de maré, maresia.
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