Por que ninguém coloca a cara para (de) bater?

Músico do Detonautas, à luz da recente proibição da marcha da maconha em algumas capitais, conclama artistas e intelectuais a se posicionarem de forma firme sobre o debate a respeito do uso e do consumo de drogas ilícitas. Clique aqui para acessar o blog de Tico Santa Cruz

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Autor: Marcos E. Pereira

Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal da Bahia. O currículo Lattes pode ser acessado no site http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4799492A6

2 comentários em “Por que ninguém coloca a cara para (de) bater?”

  1. Não consegui ler todo o texto. Fiquei zonzo, acho que foi o fundo preto. Discordo do conceito dele de democracia como ter o direito de mudar as leis com as quais não se concorda, seguindo esse preceito breve teremos pedófilos defendendo o “direito ao amor” entre homens e crianças (fato que já ocorre na Holanda, paraíso liberal), para ficar só com esse exemplo. Democracia é o respeito as leis e as instituições. Imagine só cada grupo qurendo mudar as leis de acordo com seus interesses.

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  2. Realmente, é difícil ler o blog do rapaz, as cores das letras e do fundo não ajudam. Mas essa questão do uso recreatívo de substâncias psicoativas vai longe, e os militantes pró-liberação da maconha são muito ingênuos se pensam que no Brasil dá pra fazer um tipo de manifestação pública como seria estas passeatas sem que fosse impedidos pelas autoridades públicas. Simplesmete não há clima social favorável para que uma passeata desse tipo seja feita.

    O músico blogueiro reclama da hipocrisia, que muita gente fuma seu beck (ou coisa pior) enrustidamente, e em público posa de puritano. Faz sentido e é provável mesmo que isso aconteça, mas eu me pergunto se os defensores da erva fazem a auto-análise das consequências dos hábitos excesivamente hedonistas que se estabeleceram no uso de drogas em nossa sociedade ocidental. O uso de drogas existe a milhares de anos, e as sociedades tradicionais evoluiram culturalmente sabendo lidar com os efeitos das substâncias, sem que elas se tornassem causa de desestabilidade social. Quando uma cultura não sabe lidar com os efeitos de uma droga, o que pode acontecer é o que aconteceu com nossos índios quando foram apresentados a aguardente (claro que não foi só a cachaça que acabou com os índios, mas isso é um papo mais comprido).

    Por mim, particularmente, até as drogas legais podiam ser proibidas. Acidentes de trânsito provocados pelo consumo de álcool devem matar muito mais do que a “erva natural” (existe erva artificial?). Mas eu acho que isso é um tutelamento muito grande sobre a sociedade. As pessoas tem que aprender a analisar mais profundamente as consequências de suas ações, ao invés de delegar a uma consciência externa o policiamento de atos que dizem respeito estritamente a esfera privada.

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