Depois da denúncia do movimento gay do Paraná, a cachaça Cura Veado foi retirado do site de vendas Magic Center. A pergunta que não quer calar: Por que Nabunda e Amansa Corno continuaram e Cura Veado teve de sair? Clique aqui para ler a notícia publicada na Folha.

Autor: Marcos E. Pereira
Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal da Bahia.
O currículo Lattes pode ser acessado no site http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4799492A6
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Marcos, essa é fácil. Se Cura Veado continuar sendo vendida, Nabunda não vai fazer o menor sentido.
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Putz… vou ter q mudar o meu presente do amigo secreto…
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Acho que ainda não tem movimento social que se sinta ofendido com o rótulo Amansa Corno. E porque Nabunda seria ofensa?
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O fato é que “amansa corno” e “nabunda” tem algo em comum que vai de encontro ao “cura veado”. Ambas são estímulos ao desvio do, digamos, convencional. “Amansa corno”, ou seja, um estímulo ao adultério e “Nabunda”, bem, vocês sabem. Enquanto “Cura Veado” vai contra ao também desviante, anti-convencional. Assim “Cura veado” é uma cachaça conservadora, de “Direita” e “amansa corno” e “nabunda” sãomcachaças liberais, de “esquerda”, por isso não foram proíbidas.
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Análise interessante a sua Rafa, mas acho que a permanência das outras duas cachaças no mercado está mais ligada ao que Jamyle escreveu do que a questões políticas.
As outras cachaças não ofendem nenhuma categoria social, enquanto que a “cura veado” além de ofender um grupo, traz a idéia de que a homoafetividade é uma doença, sendo totalmente preconceituosa.
Se fosse montado o Grupo de Cornos e Simpatizantes da Dor Alheia em Partes Íntimas (GCDAPI) com certeza essas cachaças estariam com os dias contados. Entretanto acredito que ninguém iria querer se afiliar a esse grupo, então…
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Exatamente Macrus, uma coisa não excluí a outra. A filiação a grupos minoritários e ditos discriminados, esta totalmente ligado a questões políticas. O termo agora é homoafetividade é? seria o quê? afetividade com pessoas do mesmo sexo?, bom, então todas as pessoas são homoafetivas. Já disse aqui em outras oportunidades, que não existe consenso científico sobre as causas da homosexualidade, e querer excluir do deabte a possibilidade de se tratar de uma doença com chatagem poiliticamente correta, não é honesto.
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“O termo agora é homoafetividade é? seria o quê? afetividade com pessoas do mesmo sexo?, bom, então todas as pessoas são homoafetivas.”
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
É verdade! Não tem coisa mais homoafetiva do que um bando de macho jogando bola!
Eu tb não gosto muito deste termo, pois me soa como um eufemisto romantico-bonitinho que não assume que se está em jogo de fato atrações sexuais. Um beijo na boca entre um homem e uma mulher não é apenas “heteroafetivo”, é heterossexual meeesmo. Da mesma forma, não vejo problema na expressão pública da homossexualidade dentro dos mesmos parâmetros de aceitabilidade dos heterossexuais.
E sobre os rótulos dos destilados em questão, me parece que inevitavelmente, com o passar do tempo, o reperetório esculhambativo popular encontra momentos de tensão causada por uma revisão dos valores vingentes. Nestes momentos, o que era brincadeirinha vira coisa séria, o debate franco se abre e o jogo político rola solto. Hj a bola da vez é a militancia contra a discriminação dos homossexuais, e da percepção desta orientação como uma doença. Como Marcus falou, podia perfeitamente ser outra coisa. Qual vai ser o resultado? Depende do q sair desta disputa de forças.
Eu não vejo como conceber a homossexualidade como uma doença. Pode ser uma falta moral, para alguns, mas doença? Acho normal e humano que alguem não aprove a homossexualidade, mas esta desaprovação não pode lesar os direitos de cidadão de quem quer q seja. Eu, se fosse gay, não me ofenderia se recebesse um “Cura Veado” de presente de uma pessoa q sei q é minha amiga, mas poderia entender como uma provocação se fosse de alguem não tão íntimo.
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1) Rafa, chama como quiser, mas o termo homoafetividade tem sido usado ultimamente por muitas pessoas, entretanto homossexualidade ainda não é ‘demodé’. Até concordo com você que “ao pé da letra” todos seriam homoafetivos.
2) Já sei qual vai ser seu presente de natal Diogão. Haha.
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P.S.: O que não pode é “homossexualismo”, vale lembrar.
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O termo homoafetivo, nos estudos de gênero tem sido utilizado no que se refere a escolha afetiva de pessoas do mesmo sexo, com interesse amoroso, sexual. Homossexualidade, também é utilizado, o que deixou de ser usado é o termo homossexualismo que tinha a conotação de doença.
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Também não acho que seja uma doença, mas não há nada que prove o contrário, então está em aberto. Acredito que seja, assim como o adultério, uma fraqueza.
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Outra coisa. Cura não é pressuposto de doença. Faltas morais, como diz diogo, também são passíveis de cura, assim como existem doenças que são incuráveis. Aliás, o que se vê hoje é justamente essa noção do homosexualismo como algo inato, imutavel, algo que ocorre sem a escolha do sujeito. Nasceu Gay e pronto, não tem outra opção. Engraçado que ao mesmo tempo se fala em orientação sexual, vá entender. Se é orientação está claro que pode haver desorientação, o que não é nada , senão, uma cura para uma fraqueza.
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Eu entendo “orientação” como sinônimo de direção, sentido, caminho. Uma “desorientação sexual” seria uma indefinição, uma perda de norteadores, de identidade sobre a sexualidade. Acho q isso seria um potencial problema a ser tratado, pois resultaria em sofrimento, emdesadaptação, entrando no chamado “horizonte clínico”.
Tb estranho quem procura explicações inatistas sobre a homossexualidade para legitimar esta conduta. Fica parecendo que o que é natural é o certo, e que se a homossexualidade é natural, então não pode ser mudada. Se um dia comprovarem que a homossexualidade provem unicamente dos genes, ai sim que vão enquadra-la como doença genética e que pode ser tratada através de medicamentos ou manipulações do DNA.
Prefiro ser um pouco mais pragmático e refletir sobre as consequências sociais e individuais da homossexualidade para concluir se a mesma é perniciosa ou não.
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Ah!
Marcus, como eu não sou gay, me ofendo de qualquer jeito.
Esse povo toma um carrinho pelas canela e depois não sabe pq foi hehehe
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Eu fico com a visão de orientação mesmo dos estudos de gênero, e deste modo não há cura, porque não há o que curar.
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O assunto estar dando o que falar, rsrsrs. E tem instigado principalmente os meninos, será uma questão de gênero, rsrsrs
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Se a questão da homosexualidade está em aberto, como disse o Rafael, poderiamos colocar a heterosexualidade no mesmo barco?
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