Muitos acreditam que reduzir a ignorância a respeito dos atributos e das qualidades de um grupo pode diluir ou minimizar o impacto dos preconceitos em relação ao grupo. Esta suposição se sustenta na noção de que a ignorância é uma das bases sobre qual repousam os preconceitos e que se as pessoas adotam concepções errôneas sobre as características físicas, psicológicas e sobre as tradições culturais de uma determinada categoria social, acabarão por perder a dimensão exata da realidade deste grupo e fundamentarão as suas ações em relação aos membros destes grupos com base em crenças estereotipadas. Deriva-se daí a suposição de que o preconceito pode ser reduzido se forem fornecidas informações objetivas que demonstrem as diferenças porventura existentes entre as concepções estereotipadas sobre as pessoas daquele grupo e aquelas que podem ser consideradas aceitáveis quando se procura representar apropriadamente os atributos físicos e culturais do grupo. Não obstante a suposição de que muitas pré-concepções realmente absurdas possam ser derrubadas através da redução da ignorância, persiste tanto o problema de crenças que não são muito absurdas, assim como uma séria questão de ordem teórica: se a mente humana é regida por uma certa tendência à parcimônia, como modificar tendências já estabelecidas e cristalizadas devido a ação diuturna e ininterrupta dos processos de socialização?
Estereótipos 